Com o advento da tecnologia e a popularização das redes sociais, a relação entre torcedores, clubes e jogadores ficou, de certa forma, mais próxima. É possível enviar mensagens diretas e, quem sabe, iniciar um diálogo com algum jogador ou com o perfil oficial de um clube, por exemplo. Isso pode ser algo positivo, mas nem sempre. O atacante Andrew, do Figueirense, que vai disputar a Série C do Campeonato Brasileiro deste ano, é um exemplo disso. O jogador expôs a insatisfação com os constantes atrasos salariais na última segunda-feira (13).
Primeiro, o jogador publicou um emoji de dinheiro com asas e a frase “Já chega”. Na sequência, uma conversa com um torcedor foi divulgada nas redes sociais. Ele respondeu o elogio pelo ato e disse que fez a publicação a pedido do grupo alvinegro.
Em outra conversa no Instagram, um torcedor questionou o jogador sobre o que a postagem ajudaria na situação. Em resposta, Andrew escreveu: “Ajuda que depois do que eu botei, milagrosamente entrou um dinheiro para o clube, e essa semana vão pagar os funcionários e nós”. Ele completou pedindo respeito: “Não sai chamando os outros de safado sem saber o que vem acontecendo há meses”.
Em crise e na Série C, Figueirense vive o drama dos salários atrasados
O Figueirense deve um mês cheio de salário, um mês de imagem, além de pagamentos de 13º salário e outras pendências para os jogadores da temporada de 2022.
No fim do mês de fevereiro, foi divulgado que os salários de janeiro não haviam sido quitados pela diretoria. Um dia depois, o clube pagou os vencimentos do elenco atual, mas deixou em aberto as dívidas com os atletas que vestiram a camisa preta e branca na temporada passada. Restam pagamentos de 13º salário, direito de imagem e outras pendências de 2022. O Figueirense admite o atraso de quatro dias no salário e na imagem de fevereiro – o valor deveria ser pago no dia 10.