Durante a décima quinta rodada da competição, o MKE Ankaragücü recebeu o Çaykur Rizespor em um jogo que terminou empatado em 1-1, com gols de Olimpiu Morutan e Adolfo Gaich. No entanto, o que realmente chamou a atenção não foi o resultado da partida, mas sim uma ação impensada do presidente do Ankaragücü, Faruk Koca, que expressou seu descontentamento de forma extremamente violenta.
Não satisfeito com as decisões do árbitro Halil Umut Meler, Koca invadiu o campo e, em um ato absolutamente condenável, atingiu o árbitro com um soco forte e o chutou enquanto ele estava no chão. O episódio rendeu detenções a Koca e a duas outras pessoas que o acompanhavam e causou consternação entre a comunidade futebolística.
Mídia e autoridades foram rápidas em condenar o incidente. O presidente Recep Tayyip Erdoğan e o Ministro da Juventude e Esportes, Osman Aşkın Bak, foram claros ao veicular mensagens condenando o ato de violência. Da mesma forma, o Ministro da Justiça, Yılmaz Tunç, anunciou que uma investigação já havia sido iniciada, enquanto Ali Yerlikaya, Ministro do Interior, informava sobre a detenção de Koca e de suas acompanhantes.
O que aconteceu com o árbitro após a agressão?
Meler, de 37 anos, foi levado ao hospital onde foi submetido a uma tomografia e passou por uma avaliação médica. Foi revelado que ele sofreu uma fratura na maçã do rosto, porém seu quadro clínico foi considerado estável. Mesmo assim, o conselho foi para que ele ficasse em observação até o dia seguinte. Abalado com o incidente, Meler informou à sua família durante uma visita hospitalar que planejava se aposentar da arbitragem, dizendo: “Chega, já é o suficiente”.
Confirmou-se que, apesar da carreira brilhante que teve e que poderia ter se estendido até seus 50 anos – há um mês esteve no comando do jogo entre Real Madrid e Braga, pela UEFA Champions League -, Meler se sentiu obrigado a encerrar sua carreira arbitral. Esse incidente não só manchou o futebol turco, mas também levantou questões sérias sobre a segurança dos profissionais do futebol e o respeito ao papel que desempenham.