As entrevistas do técnico português Abel Ferreira, comandante do Palmeiras, sempre dão o que falar, seja pelas declarações fortes e polêmicas, ou pela sinceridade extrema. Dessa vez ele levantou um tema que vira e mexe é amplamente debatido no futebol brasileiro, em especial no Estado de São Paulo.
Abel Ferreira lamentou que o clássico entre Corinthians e Palmeiras não teve a presença de torcedores dos dois times. O Dérbi foi disputado na Neo Química Arena e só contou com a torcida alvinegra.
“Seja onde e contra quem for, gosto de ganhar e de ver estádios cheios. Pena que não pode ter as torcidas dos dois lados, como foi na Supercopa [contra o Flamengo]”, iniciou Abel Ferreira.
A medida da torcida única está vigente nos clássicos paulistas desde 2016. O técnico ponderou que a decisão não depende dele, mas disse que está acostumado a ver torcedores das duas equipes.
“Não é competência minha, mas vim da Europa e me habituei a ver sempre, mesmo jogando fora de casa, adversário de um lado e torcedor da casa do outro”, acrescentou o treinador do Verdão.
Abel Ferreira abordou outros assuntos na entrevista coletiva
Na mesma entrevista em que criticou os clássicos com torcida única, o técnico português também abordou outros temas, como a “cobrança’ à CBF e as críticas que vem recebendo ao seu estilo de jogo.
“Gostaria que a CBF, já que faz leis bem rápidas e consegue tomar decisões rápidas, fizesse que os gramados sejam todos deste nível ou do Allianz. Para proporcionar bons jogos. Mesmo chovendo o que choveu, ainda deu para jogar”, disse Abel.
“No futebol é assim: se ganha, está bem feito; se perde, é Professor Pardal porque inventa. Nós treinadores, quando fazemos as coisas, temos sempre uma intenção porque treinamos isso durante a semana. Temos vários jogadores que fazem mais de uma posição, isso é muito bom para mim porque podemos ter um elenco curto e com todos preparados para jogar”, finalizou.