O Dia Internacional das Mulheres é celebrado anualmente, no dia 8 de março, uma importante data para ressaltar a importância das mulheres nas mais diversas atividades. Mariangela Presicce, por exemplo, tem chamado a atenção por superar as barreiras do preconceito, se desdobrando como modelo, em busca do maior objetivo de sua trajetória, que é se tornar árbitra de futebol.
Em um dia, ela está desfilando na Milão Fashion Week, uma das semanas da moda mais importantes do mundo, contando com roupas de grifes e ao lado de nomes renomados da área. No entanto, no outro, veste uma camiseta simples, uma bermuda, meiões e chuteiras, para brilhar nos campos de futebol, muitas vezes com as arquibancadas praticamente vazias.
A italiana de apenas 20 anos, utiliza o trabalho como modelo para conseguir pagar suas contanto. No entanto, tem caminhado de maneira satisfatória em busca de seu grande sonho: ser árbitra de futebol. Neste primeiro momento, Mariangela atua apenas em jogos de categorias de base na Puglia, região localizada no sudeste da Itália, iniciando um processo para o sucesso.
Árbitra relata comentários machistas sobre sua profissão
Além de ser uma mulher em um esporte ainda dominado por homens, a carreira de modelo faz com que Presicce enfrente ainda mais barreiras envolvendo o evidente machismo presente no esporte. “Durante uma partida, a mãe de um jogador gritou da arquibancada que eu devia deixar o futebol de lado e ir para casa cuidar das tarefas domésticas”, relatou, em entrevista ao jornal “La Reppublica”.
“Infelizmente, ainda há muita gente que não percebeu que o mundo mudou. E o mais triste é que muitas dessas pessoas são mulheres que não conseguiram atingir a maturidade cultural e ainda acham que seu papel é permanecer preocupada apenas com os afazeres de casa”, completou. No entanto, Mariangela surge como um dos grandes exemplos de superação.