Responsável por viver o futebol com grande intensidade, encontrando as alegrias e tristezas do esporte, Coutinho ficou marcado nos gramados, especialmente com a camisa do Santos. O atleta estreou com a camisa do Santos com apenas 14 anos, e aos 15, já ganhava a função de Pagão. Aos 16, se tornou a peça essencial ao lado de Pelé. O jogador contava com uma evolução impressionante.
Com apenas 18, dando continuidade à sua história no futebol, era o centroavante titular da Seleção Brasileira, enquanto aos 19 se tornou campeão da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes. Coutinho era um jogador em ascensão, atraía olhares de todo o mundo e certamente teria uma carreira invejável naquele futuro. Contudo, aos 20 anos, realizou duas cirurgias nos meniscos.
Consequentemente, entrou em uma precoce decadência. Após dez anos com a camisa do Santos, ele jogou no Vitória da Bahia em 1968; na Portuguesa de Desportos em 1969; e acabou retornando ao Peixe em 1969. Em seguida, decidiu pendurar as chuteiras no Saad. Com a camisa do Alvinegro Praiano atuou em 475 jogos e marcou 368 gols, números que ainda impressionam.
Coutinho acompanhou a genialidade de Pelé
Coutinho acabou falecendo em 11 de março de 2019, em Santos, cidade que decidiu tornar casa, formando uma família e construindo laços. Em suas entrevistas, Coutinho comentava sobre a grande felicidade de ter feito parte daquele elenco que marcou o futebol nos anos 60. Para o centroavante Almir Albuquerque, o maior mérito de Coutinho foi acompanhar a genialidade de Pelé.
“Há um jogador injustiçado no futebol brasileiro: Coutinho. O Couto jogou durante muitos anos ao lado de Pelé. Só pôde fazer isso porque tinha uma inteligência e um futebol acima da média. Aquelas tabelinhas entre eles são a prova disso: trocavam oito a dez passes a curta distância, em alta velocidade, e atravessavam uma floresta de adversários”, revelou em seu livro.