Conforme relatório emitido na última quarta-feira (16), o juiz do Tribunal de Instrução nº 4 de Pamplona afirmou que os insultos racistas dirigidos ao jogador do Real Madrid, Vinicius Júnior, durante uma partida no Estádio El Sadar em 18 de fevereiro de 2023, poderiam constituir um crime. No entanto, o caso foi arquivado por impossibilidade de identificar seus autores.
No relatório, cuja decisão ainda pode ser recorrida, o juiz concorda com o arquivamento provisório das investigações após as autoridades policiais não conseguirem determinar quem insultou o atleta. A denúncia impulsionando o inquérito foi feita pela Liga de Futebol Profissional, que apontou uma possível ofensa criminal ocorrida durante a partida entre Osasuna e Real Madrid.
Repercussão e posicionamento da justiça
“Os fatos apurados poderiam constituir um crime, mas não há informações suficientes para identificar os autores”, consta no relatório. Segundo o juiz, e em conformidade com o artigo 641.2ª do Código de Processo Penal, “é apropriado concordar com o arquivamento provisório e, de acordo com o artigo 634 da mesma lei, uma vez que não há mais diligências pendentes para serem executadas, o arquivamento desta investigação”.
Esta decisão marca mais um capítulo na odiosa história do racismo no futebol, e deixa uma interrogação sobre o comprometimento das autoridades na luta contra esse tipo de comportamento dentro dos estádios de futebol.