Nos últimos dias, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem vivendo um momento de turbulência que tem afetado diretamente a possibilidade da contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti, atual comandante do Real Madrid. Um tribunal de Rio de Janeiro destituiu o presidente da Confederação, Ednaldo Rodrigues, principal apoiador da vinda de Ancelotti, e convocou eleições para os próximos 30 dias.
A situação se complicou quando a CBF recorreu a um tribunal superior na tentativa de anular a destituição de Rodrigues e de seus vice-presidentes. Nos bastidores, comenta-se que os ex-presidentes da Confederação, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, banidos permanentemente do futebol pela FIFA após o escândalo do ‘Fifagate’, estariam articulando um golpe contra Ednaldo Rodrigues e sua equipe.
Interferências externas podem comprometer a vinda de Ancelotti?
Dados os recentes acontecimentos, a estabilidade necessária para a contratação de um novo técnico parece estar longe de ser alcançada. Isso complica a oficialização de Carlo Ancelotti como técnico da seleção brasileira, especialmente considerando que seu contrato com o Real Madrid vence em menos de seis meses.
Grande parte da imprensa brasileira afirma que as alterações nas regras eleitorais da CBF, feitas pouco antes das eleições de 2022 que conduziram Rodrigues ao poder, seriam a principal motivação para a tentativa de golpe. A FIFA e a CONMEBOL, por sua vez, divulgaram notas dizendo que estão monitorando de perto a situação na CBF para evitar interferências nessa crise institucional.
Qual a solução para os problemas da CBF?
Enquanto a poeira não baixa, a seleção brasileira segue sob o comando interino de Fernando Diniz, cujo contrato vai até julho de 2024. Apesar disso, os resultados negativos nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 têm levado a Seleção a um incômodo sexto lugar.
Diniz também dirige o time do Fluminense, que estreia na próxima semana no Mundial de Clubes, na Arábia Saudita. Com a crise na CBF, a contratação de Carlo Ancelotti, que era um desejo pessoal de Rodrigues, parece neste momento mais um sonho distante do que realidade. Não apenas pelo silêncio do técnico italiano sobre a possibilidade de dirigir a seleção brasileira, mas também pela crise institucional que afeta todas as decisões esportivas da entidade.
Portanto, é importante monitorar de perto os próximos passos da CBF e suas implicações para o futuro do nosso futebol. A possibilidade de mudanças no comando técnico da seleção brasileira, embora incerta, pode trazer novos ares e esperanças de vitórias para os torcedores.