Apesar do dinheiro de premiação proveniente da conquista da Copa do Brasil neste ano, o São Paulo ainda atravessa uma crise financeira. Os quase R$ 88 milhões recebidos pelo torneio nacional não foram suficientes para evitar um déficit orçamentário no terceiro trimestre de 2023.
De acordo com o balanço financeiro do Tricolor, o clube fechou setembro com saldo de R$ 97 milhões negativos.
Crise financeira no São Paulo
Um déficit no período já era aguardado pela diretoria, porém o valor foi muito acima do planejado. O clube previa chegar a setembro com um déficit de R$ 50 milhões, ou seja, quase dobrou esse valor.
Mesmo com o prêmio da Copa do Brasil e o aumento exponencial da arrecadação com bilheteria por causa do torneio, o São Paulo ficou abaixo do esperado no que diz respeito aos patrocínios e à venda de atletas. O principal motivo foi o foco na conquista do título inédito da Copa do Brasil.
O clube contratou jogadores para reforçar o elenco, como Lucas Moura e James Rodríguez, o que aumentou a folha salarial. Além disso, não vendeu jogadores na janela de transferências do meio do ano.
“Em agosto, a gente tinha oferta por três ou quatro jogadores. Naquele momento tivemos a tranquilidade de não os vender para tentar ganhar a Copa do Brasil, como ganhamos. Trouxemos o legado esportivo e valorizamos os atletas”, declarou o presidente Julio Casares.
A principal causa do déficit acima do esperado do Tricolor também pode ser a solução para conter a crise econômica. Com o título, jovens atletas que receberam propostas se valorizaram e devem ser vendidos por valores mais altos em 2024, como são os casos de Beraldo, Pablo Maia e Rodrigo Nestor.
“Dirigente tem que ter sangue frio. Se por um acaso tivermos um déficit esse ano, sabemos que os atletas que valiam cinco ou seis milhões (de euros) vão valer 18 milhões (de euros). É oficial, já existe, mas sabemos que pode aumentar”, finalizou Casares.