Em meio a agitações e controvérsias envolvendo o futebol espanhol, surge uma nova polêmica: o caso Negreira. O juiz responsável pelo caso, conforme informado por “El Mundo”, excluiu a Federação da situação, considerando uma relação óbvia com o Comitê Técnico de Árbitros (CTA). O presidente do CTA, Luis Rubiales, agora sancionado pela FIFA, afirmou: “Negreira não interferia em nada”, expressão semelhante à usada anteriormente.
Diante deste cenário, Pedro Rocha, vice-presidente da Federação, aparece apto a tomar medidas drásticas em relação à arbitragem. Uma destas mudanças poderia ser na liderança do CTA, removendo Luis Medina Cantalejo do cargo.
Essa possibilidade já foi discutida em várias reuniões entre presidentes de comitês regionais, mas sempre em plano secundário, em face aos problemas mais urgentes para resolver, como a situação envolvendo o futebol feminino e seu até então técnico Jorge Vilda, que deve deixar o cargo em breve.
O que esperar da reformulação no sistema de arbitragem?
A instrução do caso, a opinião da Guarda Civil e do juiz sobre a corrupção sistemática no sistema de arbitragem pela influência clara de Negreira nas análises de cada partida, resultaram em uma reviravolta em um caso que parecia esquecido para a maioria, mas não para o Real Madrid. O clube, agindo como parte acusatória, deixou claro que seus dirigentes defenderiam algo que acreditam ter sido tirado ilegalmente.
O Real Madrid sempre expressou sua oposição ao atual sistema de arbitragem, especialmente considerando que seus dirigentes fizeram parte desse mundo desde que Negreira se envolveu no coletivo. O clube nunca escondeu que não está satisfeito com o desempenho de Medina Cantalejo e Clos Gómez. O CSD, acompanhando o caso Rubiales, tem exigido mudanças efetivas na Federação.
Afinal, quem é Luis Medina Cantalejo?
Luis Medina Cantalejo é um ex-árbitro de futebol espanhol, que atuou em vários campeonatos importantes, incluindo a Copa do Mundo da FIFA 2006. Ele é uma figura central no caso Negreira, sendo apontado como alguém que pode ser removido do CTA no meio das possíveis reformas do sistema de arbitragem.
Enquanto os possíveis desenvolvimentos do caso Rubiales dependem da FIFA, o caso Negreira envolve diretamente a UEFA. Esta, quando autorizou a participação do Barcelona na Liga dos Campeões desta temporada, deixou claro que o relatório ainda estava aberto e sujeito a posterior investigação do caso Negreira. A situação continua em desenvolvimento e a UEFA, como é sua obrigação, permanece atenta.