Time do Pelé nos EUA: Onde foi parar o Cosmos?

Durante um período de vinte anos dedicados ao futebol, Pelé defendeu apenas dois times. Nas primeiras dezoito temporadas de sua carreira profissional, o Rei do Futebol atuou pelo Santos, clube onde participou de mais de mil jogos e conquistou 20 títulos, incluindo dois títulos consecutivos da Libertadores e um Mundial de Clubes.

Na fase final de sua carreira como jogador, entre 1975 e 1977, o icônico camisa 10 fez parte de um ambicioso projeto que tinha como objetivo popularizar o futebol nos Estados Unidos, demonstrando a interseção entre esporte, entretenimento e negócios.

Sob a liderança da Warner (sim, a mesma empresa que detém os direitos de personagens da DC, como Super-Homem, Batman e Mulher-Maravilha), o New York Cosmos introduziu, na segunda metade dos anos 1970, renomados nomes do futebol. Além de Pelé, o ex-lateral direito Carlos Alberto Torres, companheiro de Pelé na seleção tricampeã, também integrou a equipe nova-iorquina.

No entanto, o Cosmos acabou seguindo a decadência. Em 1984, com o encerramento da NASL (North American Soccer League), o Cosmos encerrou sua trajetória como equipe de futebol de campo.

Era moderna

Em 2009, a marca, que já não pertencia mais à Warner, foi vendida para Paul Kemsley, ex-vice-presidente do Tottenham, que se empenhou em revitalizar o histórico clube.

Durante os três primeiros anos de sua renovação, o time se restringiu a amistosos ocasionais. Em 2012, houve um revés para aqueles que sonhavam com o ressurgimento de uma nova força: o Cosmos anunciou que não participaria da MLS (Major League Soccer), a principal liga de futebol nos EUA, mas, sim, da NASL, uma liga de menor prestígio que funcionava como uma segunda divisão.

Nos primeiros quatro anos de participação na NASL, o projeto alcançou três títulos. No entanto, diante da concorrência de outros dois times de Nova York, o Red Bulls e o City, ambos na MLS, o Cosmos não conseguiu se estabelecer plenamente na comunidade local, mantendo uma média de público em torno de 5 mil torcedores por partida.

Quando a liga em que competiam entrou em colapso e cessou as atividades em 2018, o Cosmos também enfrentou dificuldades e dispensou todos os jogadores que estavam sob contrato.
Houve um breve retorno em 2020, quando o Cosmos ingressou na NISA (National Independent Soccer Association), uma liga que corresponde ao terceiro nível do futebol nos Estados Unidos. No entanto, durou apenas alguns meses.