Cotado na Seleção Brasileira pede demissão e fica livre no mercado

Nesta sexta-feira (4), o ex-jogador Paulo Roberto Falcão foi acusado por uma funcionária do condomínio residencial onde mora, no litoral paulista, por ter cometido importunação sexual. Após o ocorrido, o coordenador de futebol deixou a equipe do Santos.

Em nota, Falcão diz que deixa o time paulista por conta dos protestos pelos maus resultados do Peixe e nega que tenha cometido a importunação sexual. Veja o pronunciamento:

“Em respeito à torcida do Santos Futebol Clube, pelos recentes protestos diante do desempenho do time em campo, decidi deixar o cargo de coordenador esportivo nesta data. Meu sentimento, em primeiro lugar, é defender a imagem da instituição. Sobre a acusação feita nesta sexta-feira, que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu.”

Vale lembrar que Falcão era um dos cotados para integrar a comissão técnica de Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira. Apelidado de ‘Rei de Roma’, o ex-atleta tem forte vínculo com o futebol italiano e faria uma dupla com o treinador do Real Madrid. Ele atuou ao lado de Ancelotti na década de 80. Assim, poderia ser um elo para a adaptação do técnico no Brasil.

Boletim de Ocorrência do caso Falcão

De acordo com o boletim de ocorrência, Falcão roçou as partes íntimas no braço da mulher no último dia 2. No relato da vítima à polícia, o ex-jogador “se dirigiu ao espaço reservado para o monitoramento e, disse apontando para a câmera de segurança: ‘não sabia que aqui tinha câmera de segurança’ sendo que enquanto o autor falava, ele imediatamente roçou o pênis no braço esquerdo dela, que esquivou-se”.

A funcionária resolveu não prestar queixa nesse dia, porém, nesta sexta, o ato voltou a acontecer. Ainda segundo a recepcionista, Falcão “foi até a recepção e ingressou novamente no espaço reservado para monitoramento, posto de trabalho da ofendida, onde é permitida apenas a presença de funcionários da recepção. Ali, apontou para a câmera que exibia uma imagem e disse: ‘nossa que imagem bonita’, e mais uma vez comprimiu o pênis no braço da vítima, dessa vez de forma mais contundente, e ela tornou a esquivar-se”, consta no relato à polícia.

A moça, cujo nome não foi revelado, afirma que um outro funcionário viu o ocorrido.