Luís Figo, ex-jogador internacional de Portugal e estrela do Real Madrid, afirmou que a Espanha não é um país racista, mas realça a urgência de ações mais vigorosas para combater episódios de racismo no futebol, especialmente na LaLiga. Ele diz isso em meio às recentes vivências relatadas por Vinícius Júnior, jogador brasileiro que atua atualmente pelo time do Real Madrid.
Incidentes desse tipo têm marcado a temporada de Vinícius Júnior no campeonato espanhol, sendo o caso mais recente durante o encontro entre Real Madrid e Valencia. Esse tipo de comportamento tem gerado uma grande onda de rejeição tanto de entidades futebolísticas quanto de jogadores e torcedores.
Entendendo as declarações de Luís Figo
“São situações que devem ser erradicadas do desporto, principalmente do futebol, onde é normal sucederem este tipo de insultos. Muitas vezes deixa-se passar por ser no futebol. Como já foi referido, o futebol é o único desporto em que se normaliza este tipo de insultos. É preciso tomar decisões. Os organismos competentes devem endurecer as leis quando suceda algo assim”, explicou o antigo internacional português, citado pelo jornal ‘As’, num evento na Holanda.
Figo também exaltou o talento de Vinícius Júnior e criticou a tentativa de desestabilização do jogador por parte dos torcedores adversários. “Ele tem uma forma de jogar e de ser que faz com que os adeptos rivais tentem desestabilizá-lo de todas as formas. Mas penso que estas situações têm de estar à margem do desporto. Temos de nos centrar no futebol e no espetáculo.””
Espanha é um país racista, afinal?
Vivendo na Espanha, Figo sustenta que o país não é racista, mas, sim, reconhece que a falta de educação de certos indivíduos está por detrás desses episódios infelizes. “É toda uma onda de contestação, quando há grandes aglomerações, que leva a que haja episódios racistas. Mas não se deve generalizar um país só porque há gente sem educação. É injusto fazê-lo.” defende o português.
Está claro para muitos que enfrentar o racismo e a discriminação no esporte é uma necessidade urgente. A fala de Luís Figo apenas reforça o coro dos que exigem ações mais rígidas contra comportamentos abusivos no futebol, honrando a diversidade inerente ao esporte mais popular do mundo.