Com muitas especulações em volta da nova regulação da Fórmula 1 e os principais interessados em participar, a BMW chocou muitos ao se recusar a voltar a fornecer motores para F1 a partir de 2026, pretendendo focar apenas na confecção de hipercarros.
A montadora marcou presença durantes os anos de 2000 até 2010, inicialmente como fornecedora de motor e depois com sua própria equipe a partir de 2006 em parceria com a Sauber, time este que garantiu 17 pódios e 89 GP’s. Sua última participação foi em novembro de 2010, em Abu Dhabi.
A F1 anunciou seu novo regulamento de motores para 2026, que aumenta a quantidade de energia elétrica e atrai novos participantes como Audi, Porshe que mesmo após sua colaboração com a Red Bull ser rejeitada continua interessada, e até mesmo a Honda pode retornar daqui poucos anos.
Apesar do novo regulamento, Andreas Roos, chefe da BMW M Motorsport, se mostrou desinteressado em incluir a montadora na categoria. “Estar ausente não é um problema para nós. Acho que precisamos ser realistas, é um investimento muito alto e, para ter retorno, é preciso que tenho sucesso por muito tempo”, afirma Roos, em entrevista ao Motorsport-Total.com.
No momento, a BMW segue com o foco em desenvolver hipercarros. O modelo BMW M Hybrid V8 irá estrear no IMSA, na classe LMDh, em 2023 para que a partir de 2024 já possa chegar ao Mundial de Endurance e tentar vitória nas 24 Horas de Le Mans.
O CEO da BMW, Frank Van Meel, apontou que apesar de reconhecer o valor e o alcance de marketing que a Fórmula 1 oportuniza, a marca não pratica automobilismo apenas com esse intuito. “Queremos desenvolver juntos, por isso, a LMDh tem maior importância para nós do que a Fórmula 1. Está muito longe de nossos produtos da série M e também em termos de tempo com o tema da eletrificação”, ele explicou.
“Já estamos praticamente finalizando a transformação para eletrificação e a classe LMDh se encaixa perfeitamente agora, não apenas em 2026 quando a F1 seguir nessa direção. É com este ponto de vista que achamos esse ser o momento certo para desenvolvermos isso”, completou Roos.