Justiça acata pedido de recuperação judicial do Avaí, e decisão fará com que ações e execuções contra o Leão sejam suspensas. A petição foi deferida nesta terça-feira (25), pelo juiz André Alexandre Happke, da Vara Regional de Recuperações Judiciais da Comarca de Florianópolis. A equipe catarinense havia entrado com o pedido no dia 17 de abril.
Com a decisão, todas as ações e execuções contra o Avaí foram suspensas. O advogado contratado pela equipe, Marcos Andrey de Sousa, comemorou o fato do clube ter o pedido acatado na Justiça. Dessa forma, a equipe poderá dar início a um novo processo de reestruturação, quitando suas dívidas pendentes.
“O clube entrará agora num novo ciclo. No início de 2022, iniciamos um processo interno de reestruturação, organizando finanças, quitando mais de 20 milhões de dívidas, projetando o futuro com uma governança responsável e ajustada à realidade financeira. Com o deferimento da Recuperação esse processo ganhará mais força”, disse Marcos Andrey de Sousa.
Presidente do Avaí, Júlio Heerdt também comemorou a decisão da Justiça a favor do clube, que disputa o Campeonato Brasileiro da Série B.
“É uma ótima notícia. O Avaí inicia agora um processo para resolver de vez suas dívidas e se reconstruir para um futuro mais organizado e profissional”, projetou.
Acúmulo de dívidas do Avaí
O Avaí decidiu entrar com o pedido na Justiça por ter identificado o acúmulo de dívidas superior a R$ 107 milhões, após análise da situação financeira do clube no último mês de março.
Portanto, os conselheiros do Leão se reuniram para apresentação do relatório financeiro do clube, o qual foi produzido por uma comissão temporária, que efetuou o levantamento de todos os ativos e passivos da instituição. Além disso, analisou todo o histórico de dívidas da equipe.
“A Comissão apurou uma situação financeira extremamente preocupante. O grau de endividamento atingido pelo clube em virtude dos déficits que se verificaram em exercícios anteriores demanda ações imediatas no sentido da reestruturação econômica. Nesse sentido, foram apontadas sugestões relacionadas às receitas e despesas do clube, bem como a possibilidade do estudo mais aprofundado sobre a Sociedade Anônima do Futebol nesse contexto”, disse na ocasião Luciano Kowalski, presidente do Conselho, ao portal “GE”.