Cada vez mais adaptado e ídolo no futebol brasileiro, o artilheiro argentino Germán Cano, do Fluminense, concedeu nesta segunda-feira (11) uma entrevista de 12 minutos à Rádio La Red, principal emissora das transmissões esportivas em Buenos Aires, capital argentina. Entre diversos assuntos, o pai de Lorenzo falou sobre a possibilidade de atuar pela seleção brasileira.
Germán Cano foi tratado pelos apresentadores como uma estrela do futebol mundial. O atacante tricolor retribuiu as gentilezas falando bem tanto da seleção argentina quanto dos clubes mais populares do país, River Plate e Boca Juniors.
A cordialidade incluiu até mesmo uma confissão do goleador de 35 anos. Ele afirmou que não aceitaria uma convocação da seleção brasileira, justamente pelo carinho que nutre pela Argentina e pela seleção azul e branca. Vale lembrar que Cano esteve no Catar como um torcedor comum, vibrando nas arquibancadas com o tricampeonato conquistado por Lionel Messi e companhia.
“Eu não aceitaria uma convocação da seleção brasileira, não aceitaria jogar para o Brasil. Gosto muito do meu país e da seleção”, afirmou Cano, que não tem esperanças de ser chamado pelo técnico Lionel Scaloni para defender a Argentina.
“É muito difícil pelo processo, com o time armado e sabendo os jogadores que a seleção tem, atuando todos tão bem. Eles nos representam da melhor maneira”.
Cano disse maravilhas também sobre a vida que leva no Rio de Janeiro: “Aqui se curte de maneira excelente. As praias são incríveis e aproveitamos muito quando podemos, porque jogamos a cada três ou quatro dias”.
“Não penso em voltar à Argentina. Saí do Lanús muito jovem e fiz toda minha carreira fora, na Colômbia, México e agora no Brasil. Assinei um contrato de três anos com o Fluminense e o clube valoriza demais o que faço. Isso me deixa tranquilo. Quero seguir no Rio, jogando no Maracanã com a torcida, vendo meu filho curtindo a praia, a escola, os amigos. Minha volta à Argentina está longe”, declarou o artilheiro.
Germán Cano também falou sobre River Plate, Boca Juniors, Ronaldo e Romário
Para Germán Cano, os brasileiros desta Libertadores devem respeitar demais River Plate e Boca Juniors: “O River é favorito a ganhar a Libertadores, pelo poder econômico e pelos grandes jogadores que tem”, analisou o atacante tricolor.
“Acho que da terceira rodada em diante, quando o River joga no Brasil, aí vamos começar a definir quem estará nos primeiros lugares”, seguiu o argentino, projetando os confrontos do gigante portenho com o Fluminense pela fase de grupos da competição.
“River e Boca estão no nível brasileiro das contratações. Ambos estão à altura dos times grandes do Brasil. A competição vai ser bem difícil para todos. Nós vamos brigar para chegar à final”, analisou.
Tão hábil para declarar como para fazer gols, Cano elogiou também dois lendários atacantes brasileiros: Ronaldo e Romário: “Atualmente gosto muito de Benzema, mas meu ídolo de infância era o Ronaldo. Hoje, sou mais parecido com o Romário, por chegar e aproveitar as chances”.
Seu estilo foi descrito por ele à Rádio La Red desta maneira: “Você precisa ter mobilidade na área. Se você fica parado, nenhuma bola vai chegar. Aí está a efetividade para fazer os gols, antes mesmo que chegue a bola. Às vezes não participo tanto do jogo, mas me sobra uma ou duas bolas e faço o gol. É o mais difícil do futebol, mas venho trabalhando bastante. Está dando certo”, finalizou.