Palmeiras está interessado na contratação do goleiro Aranha. Mas não se trata do Aranha que despontou para o futebol na Ponte Preta e ganhou projeção nacional após o episódio de racismo que sofreu quando defendia as cores do Santos. Trata-se do Aranha, de apenas 17 anos, que tornou-se campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2023 na última quarta-feira, 25 de janeiro, com a vitória do Palmeiras sobre o América-MG, por 2 a 1. O jovem goleiro está no Verdão por empréstimo do Sport até dezembro de 2023 e com valor estipulado de R$ 2 milhões para compra de 80% dos direitos.
O Palmeiras tem até dezembro para exercer a cláusula de compra e sinalizou ao Leão que depositará o valor ao fim do ano. O Rubro-negro, por sua vez, permanecerá com 20% dos direitos do atleta.
Aranha chegou ao Sport no início de 2022, mapeado pelo clube nas categorias de base do rival Santa Cruz, e começou a temporada como terceiro goleiro do sub-17 rubro-negro. Tinha 16 anos e contrato de formação na Ilha do Retiro, por conta da idade.
Em pouco tempo, contudo, ganhou espaço e firmou-se entre os titulares na Copa do Brasil sub-17. O prata da casa defendeu pênalti diante do Corinthians – nas oitavas de final – e foi determinante para a classificação do Sport até a semifinal. Na semi, terminou eliminado justamente pelo Palmeiras, quando chamou a atenção do clube paulista.
Como o jovem goleiro Aranha chegou ao Palmeiras?
Na volta após o torneio, o Sport assinou o primeiro contrato profissional do goleiro – até a metade de 2025 – e duas semanas depois oficializou o empréstimo ao Palmeiras, onde segue desde então.
A decisão de emprestá-lo aconteceu devido ao volume de goleiros disponíveis na base do Leão – com Denival, Paulo Victor e Adriano também nas opções do clube, em processo de formação.
No Palmeiras, Aranha chegou compondo o elenco sub-17 no ano passado, estreou diante do Athletico, no Brasileiro da categoria, e fez 20 partidas. Neste ano, subiu ao Sub-20 do clube e fez oito jogos – todos pela Copinha.
Campeão nesta quarta-feira, Aranha defendeu dois pênaltis ao longo da competição, contra Juazeirense na terceira fase e Mirassol nas oitavas de final. Ainda houve uma terceira defesa, na final diante do América-MG, mas o lance precisou voltar porque Renato Marques, do Coelho, cobrou antes da autorização do árbitro.