Roberto Dinamite, maior ídolo da história do Vasco e digno de uma estátua em São Januário, era torcedor botafoguense? Na sua infância, o eterno camisa 10 do cruzmaltino, falecido aos 68 anos no último domingo, 8 de janeiro, vítima de um câncer no intestino, tinha uma admiração pelo Botafogo, o que levantou suspeitas por muitos anos, principalmente quando foi presidente do clube cruz-maltino, de que era torcedor de coração do Glorioso. Mas tudo isso foi devidamente explicado em uma entrevista em junho de 2020.
Na série de lives de quarentena que marcou o auge da pandemia do novo coronavírus, Roberto Dinamite teve a oportunidade de contar a vascaínos e botafoguenses um pouco dessa história e como foi, de fato, o laço criado com o clube da Estrela Solitária.
“Eu morava em Duque de Caxias. A gente não saía de Caxias para vir para o Rio. A primeira vez que fui ao Maracanã foi em uma final do Bangu contra o Flamengo, em 1966. O Bangu foi campeão. Comecei a despertar essa coisa de gostar de futebol. Em 1967 e 1968, o Botafogo tinha um time fantástico. Um time muito bom, com Rogério, Gerson, Roberto, Jairzinho. Eu disse: ‘gostei desse time’. Mas nunca fui ver, nem ouvir no rádio, sair de casa para ir, essa coisa. Mas eu falei isso, que ‘eu gostava do Botafogo’. E aí as pessoas identificaram e colocaram isso”, disse o ídolo vascaíno em bate-papo com a deputada estadual Clarissa Garotinho.
Ao homenagear Roberto Dinamite e identificá-lo como “ícone do futebol carioca e brasileiro” depois da confirmação da notícia de sua morte, o Botafogo relembrou outra entrevista dada pelo craque, na época de atleta, no gramado do Maracanã.
“Sou torcedor do Vasco da Gama. Torci para o Botafogo já. Mas hoje, 20 anos dentro do clube, a gente aprende a gostar”, declarou à imprensa na época.
Roberto Dinamite, o “maior de todos” para os torcedores do Vasco
Roberto Dinamite é o jogador que mais atuou com a camisa do Vasco, com 1.110 partidas, e marcou 708 gols na carreira. É até hoje o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190), do Campeonato Carioca (279) e de São Januário (184), além de ser o maior goleador dos clássicos cariocas (contra Flamengo, Fluminense e Botafogo).