Ronaldo diz que o Cruzeiro poderia ter fechado as portas

Sócio majoritário da SAF cruzeirense, Ronaldo Fenômeno admitiu que o clube poderia ter fechado as portas caso não tivesse assumido a gestão na última temporada.

Em entrevista ao podcast “PodPah”, o ex-camisa 9 da seleção brasileira relembrou de 2022 tanto do Cruzeiro quanto do Real Valladolid, time da Espanha o qual também possuí ações.

Esse ano foi uma loucura. Não tive um ano intenso quanto esse[…]. Consegui o acesso com os dois clubes. Fora todo o desafio que foi o Cruzeiro durante todo esse ano. O princípio da SAF, toda a burocracia para convencer o conselho do Cruzeiro para salvar o clube, porque o Cruzeiro estava indo em um caminho sem volta e ia desaparecer. Com certeza isso ia acontecer“, começou.

Na sequência, revelou que o clube mineiro estava em situação delicada financeiramente, mas que sabia que havia uma solução.

Não tinha ninguém interessado no Cruzeiro, em pegar uma dívida de um bilhão de reais. Logicamente eu não sou burro de entrar numa parada sabendo que eu vou perder[…]. Comecei lá. Quando tive essa oportunidade, juntei meu pessoal todo, fiz várias reuniões de risco para entender qual era o risco que eu estava correndo. Todos falaram ‘cai fora’, não teve um para falar ‘vai’. Mas aí graças a Deus fui iluminado para tomar essa decisão, porque eu vivo o futebol, respiro o futebol. Acho que não sei fazer nada melhor do que faço no futebol. Minha vida vai ser sempre do futebol“, conta.

Ronaldo também foi questionado sobre investir no Corinthians, clube o qual também possui identificação. Afinal, foi lá onde atuou entre 2009 e 2011 e conquistou um título da Copa do Brasil em sua primeira temporada.

Meu coração fica como? Essa minha relação com o Corinthians. De repente, compro o Cruzeiro. Agora, a partir desse ano, sou concorrente do Corinthians. A gente vai tentar ser clubes irmãos, primos, amigos, mas a partir desse ano… Vou continuar sempre com uma admiração, amor e gratidão enorme pelo Corinthians, igual tenho pelo Flamengo também“, disse.