Bastante indignado com a atuação da arbitragem no empate por 0 a 0 do Corinthians com o Goiás, fora de casa, o treinador português Vítor Pereira recorreu à ironia para expressar o seu sentimento.
O comandante corintiano fez coro aos protestos de Yuri Alberto, do presidente Duilio Monteiro Alves e do diretor de futebol Roberto Andrade. Todos subiram o tom, falando que o nível da arbitragem no futebol brasileiro é uma vergonha.
Além da imaginação
Em primeiro lugar, Vítor Pereira confessou a sua impotência diante da situação. Vale lembrar que o juiz anulou um gol legal de Yuri Alberto nos acréscimos do segundo tempo. Assim, o português fez um discurso breve mas contundente:
“Se eu falasse o que me vem na alma, tenho certeza que viriam com um processo em cima e eu ficaria fora, ia prejudicar jogadores e clube. Achei que já tinha visto tudo, não vi. O que tenho visto nesta fase final do Brasileiro, vai além do que um dia imaginei. Não há uma rodada em que não aconteçam erros graves de arbitragem, ou dos próprios árbitros ou dos senhores do futebol, que são os senhores do VAR, eles que decidem. Não posso dizer mais nada”.
Em seguida, o treinador corintiano fez questão, porém, de não colocar a culpa em todos: “Quando generalizamos e botamos no mesmo saco árbitros competentes e com personalidade e menos competentes e com falta, não posso fazer isso. Mas tenho visto arbitragens em que falta competência, sobra prepotência para disfarçar, e falta personalidade também”.
Por fim, Vítor Pereira afirmou que o futebol corre risco de vida com essas trapalhadas de arbitragem, pois prejudicam o espetáculo: “É preciso uma solução séria de quais são as funções do VAR e coordenação do trabalho da arbitragem. Não posso ouvir do campo que foi limpo e lá em cima o senhor lá dizer que não. Acontece conosco e com outros jogos. Tem de ser motivo de análise. Trabalhamos, estamos todos cansados, estamos no final da época, os torcedores ajudam, e essa decisões vão matando aos poucos o futebol”.
Agora, o Corinthians volta a campo no próximo dia 2 de novembro, contra o Flamengo, atual campeão da América, no Maracanã, em nova partida após a derrota na decisão da Copa do Brasil, também para o clube rubro-negro.