Recentemente, Ary Borges e Kerolin, destaque no futebol feminino e ex-jogadoras do Palmeiras, usaram suas vozes para chamar atenção para a luta contra a violência sexual. Ambas se manifestaram após a declaração de Leila Pereira, importante figura no esporte e na gestão do Palmeiras, sobre os recentes casos envolvendo figuras do futebol masculino.
Kerolin, atualmente jogando pelo North Carolina Courage, não mediu palavras ao questionar a postura de destacadas personalidades masculinas no esporte. “Até quando só mulheres? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas que cometem sairão ilesas?” indagou, mostrando a urgência de um posicionamento mais amplo e ativo por parte de toda a sociedade.
Leila Pereira, enquanto estava em Londres com a seleção brasileira, foi questionada sobre tais casos e afirmou que, apesar de não serem tema de discussão na delegação, sente-se na obrigação, enquanto mulher em posição de liderança, de se posicionar. “É um tapa na cara de todas nós mulheres”, declarou, evidenciando a importância de lideranças femininas na luta contra a violência sexual.
A voz feminina no combate à violência sexual
Ary Borges, jogadora do Racing Louisville, também se manifestou, questionando até quando mulheres precisarão enfrentar essa luta sozinhas. “Mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, CRIME como estes?” questionou, reforçando a necessidade de um apoio mais efetivo e coletivo nesse combate.
Os casos de Daniel Alves e Robinho foram mencionados como exemplos recentes de violência sexual ligados ao esporte. Daniel Alves, condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual em Barcelona, teve seu pedido de liberdade provisória aceito, um fato que gerou indignação entre ativistas e público em geral.
Comprometimento e ação efetiva pelo fim da violência
Ary Borges criticou severamente a possibilidade de impunidade em casos de violência sexual, especialmente quando envolvem figuras públicas do esporte. “É inaceitável o cara pagar para ter o direito de estuprar uma mulher”, desabafou. Esta é uma chamada clara para que mais pessoas, especialmente homens em posições de influência, se juntem ativamente na prevenção e combate à violência sexual.
O futebol feminino, embora ainda lutando por maior reconhecimento e apoio, tem sido palco de importantes discussões sociais, com atletas como Ary Borges e Kerolin liderando movimentos por justiça e igualdade. Sua trajetória no Palmeiras e agora, em suas respectivas equipes no exterior, demonstra não só talento esportivo, mas também um compromisso com valores essenciais fora dos campos.
Com discussões tão pertinentes trazidas à tona por figuras como Leila Pereira, Ary Borges e Kerolin, espera-se um futuro no qual o esporte possa servir como exemplo de respeito, igualdade e segurança para todos, independentemente de gênero. A luta contra a violência sexual no esporte é de todos nós.