Xavi Hernández, técnico do Barcelona, abordou uma proposta para reformular o calendário competitivo da Data Fifa de seleções, que tem se tornado um desafio para os clubes. Em 2023, diversos jogadores enfrentaram lesões durante os compromissos com suas seleções, resultando em um fenômeno conhecido como o ‘vírus Fifa’.
Um dos casos mais sérios foi o de Gavi, jogador do Barcelona, que rompeu completamente o ligamento cruzado anterior do joelho direito, além de uma lesão associada no menisco lateral, requerendo intervenção cirúrgica e uma possível ausência nos gramados por meses.
Xavi não atribui a culpa pelo incidente ao técnico da seleção, Luis de la Fuente, pois compreende que o problema está mais relacionado ao calendário do que à gestão. “É um calendário muito exigente e, além disso, foi uma lesão fortuita, um azar. Tenho uma relação muito boa com de la Fuente, não há qualquer polêmica ou problema, a questão aqui é o excesso de jogos”, comentou o treinador.
Segundo Xavi, a Fifa está explorando uma alternativa que contempla a permanência dos jogadores nos clubes por oito a nove meses consecutivos, seguidos por dois meses de compromissos com suas seleções e um mês de férias. Essa proposta visa mitigar os impactos negativos do atual calendário sobre a saúde e o desempenho dos jogadores.
“Não é fácil tantas viagens todos os meses, por exemplo: [Ronald] Araújo e Raphinha fizeram viagens de 13 ou 14 horas, quase não dormiram nem treinaram. E assim estão todas as equipes. A cada mês, um mês e meio andam viajando para América do Sul ou África. Penso que seria uma boa solução e que a Fifa já está estudando-a”, afirmou.