Ele era o orgulho paraguaio da sua geração, um verdadeiro artilheiro que desafiava defesas adversárias e enchia seu país de orgulho. Salvador Cabañas Ortega, a estrela do América do México, estava no auge da sua carreira em 2010, tanto que chegou a assinar um pré-contrato com o gigante Manchester United da Inglaterra.
Mas, numa virada trágica de eventos, sua vida mudou para sempre numa fatídica noite. O atacante paraguaio decidiu aproveitar a vida noturna na cidade do México, na companhia de sua esposa Maria Lorgia e seu cunhado Amancio Rojas. Resolveram passar a noite num famoso clube mexicano, o Bar Bar.
Lá, ao se deslocar para o banheiro, Cabañas se envolveu numa discussão que acabou alterando o curso de sua vida e carreira para sempre. Foi no banheiro do Bar Bar que Salvador Cabañas se deparou com uma pistola apontada em sua direção por um homem chamado José Jorge Balderas.
Em circunstâncias normais, um gol de calibre 38 pode representar o fim. Mas, contra todas as probabilidades, Cabañas sobreviveu, permanecendo consciente o suficiente para ser levado ao hospital, onde foi colocado em um coma induzido. A bala, alojada em seu cérebro, seria uma marca permanente para o resto da vida.
Continuou com o sonho vivo
Superando suas adversidades, Salvador Cabañas manteve sua promessa de voltar aos campos. Porém, nunca conseguiu retomar a performance que marcou sua carreira antes do incidente. Isso o levou a enfrentar controversas disputas financeiras, sobretudo com o América do México, devido ao elevado salário que recebia (cerca de 2,5 milhões de dólares por temporada).
A disputa financeira se intensificou ainda mais após o tiroteio e o subsequente divórcio de Cabañas e sua esposa Maria Lorgia. A ex-esposa alegou manipulação dos parentes de Salvador, acusando-os de reter medicamentos essenciais e controlar as finanças do ex-atleta.
Atualmente, Salvador Cabañas continua a desafiar o destino. Apesar dos desafios, ele atua como auxiliar técnico do Aquidabán, um clube da segunda divisão do campeonato paraguaio. Ele ainda acredita em uma nova chance no futebol, como treinador. Em suas palavras, “Ser grande é não permitir que nada te vença.”