As investigações encabeçadas pelo Ministério Público de Goiás levaram alguns jogadores a se tornarem réus no caso de esquemas de manipulação de resultados. Os atletas Gabriel Tota, Moraes e Victor Ramos prestaram depoimento ao MP nesta semana.
Os três investigados afirmaram que nunca conheceram pessoalmente a quadrilha, apenas por aplicativos de mensagens e ligações. Tota e Moraes tiveram o primeiro contato com um integrante do grupo criminoso enquanto compravam tênis online.
Quadrilha de apostas
Moraes disse em depoimento ao promotor Fernando Cesconetto que conheceu Victor Yamasaki (V.Y.), um dos chefes da quadrilha, quando fez uma compra na loja virtual de Victor. “Quem me procurou foi o Victor, eu conheço ele como V.Y., conversei só pelo Instagram, sempre comprei roupas, tênis com ele, que ele vende”, declarou.
De acordo com o MP, Victor e outras cinco pessoas formam uma organização criminosa responsável por aliciar jogadores para que eles tenham determinadas atitudes em campo, com o intuito de os integrantes lucrarem dinheiro em altas apostas esportivas.
V.Y. também trouxe Gabriel Tota para o esquema, apresentando o jogador para Bruno Lopez, o chefe da quadrilha segundo o MP. “O Vitinho me apresentou o Bruno [Lopez]. Sempre falei com eles por telefone, porque nunca tive contato pessoalmente nem com o Vitinho e nem com o Bruno”, disse Tota para a promotora Gabriella Clementino.
Por fim, Victor Ramos também afirma que nunca conheceu pessoalmente os integrantes da quadrilha. O atleta é investigado por ter aceitado a oferta de R$ 100 mil para cometer um pênalti na partida entre Guarani e Portuguesa — o que não aconteceu.
“Doutor, não conhecia ele não. Não conheço pessoalmente, não tive contato com ele, somente foi em ligação, através de celular”, revelou o jogador. O processo segue correndo na Justiça enquanto a Operação busca reunir mais provas.