Uma denúncia de assédio moral envolvendo Guilherme Kroll, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, veio à tona esta semana. Segundo a acusação, ele teria pressionado pela demissão de uma funcionária da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) por conta de um incidente durante uma competição oficial, alegando que é o Flamengo quem “financia” o esporte brasileiro. Apesar de Kroll admitir que se exaltou, ele nega veementemente as acusações.
O incidente ocorreu durante o Campeonato Brasileiro de Nado Artístico, realizado no Rio de Janeiro cerca de um mês atrás. O Flamengo dominou a competição, vencendo 14 das 15 provas com uma vantagem expressiva sobre os demais competidores. No entanto, na categoria júnior, o Tijuca encontrou uma brecha no regulamento ao inscrever duas equipes na prova de conjunto. Uma equipe conquistou a medalha de bronze e a outra ficou em quinto e último lugar, mas ainda assim somou uma quantidade significativa de pontos.
O Flamengo tentou registrar uma reclamação alegando que a segunda equipe do Tijuca não deveria pontuar, pois não havia se apresentado na prova acrobática, uma das três etapas da competição. No entanto, a árbitra geral do evento, Ana Carolina Siqueira, exigiu que a taxa de protesto no valor de R$ 200 fosse paga em dinheiro vivo, enquanto Kroll preferia utilizar o pagamento eletrônico via Pix.
Essa situação gerou indignação no dirigente do Flamengo, que argumentou que outras taxas já haviam sido pagas por meio do Pix e acusou Ana Carolina de criar obstáculos devido ao seu envolvimento como técnica da equipe do Tijuca. Conforme consta na ata da competição, o dirigente rubro-negro dirigiu-se de forma agressiva, exaltada e desrespeitosa à supervisora de nado artístico da CBDA, Juliana Dias, chamando a atenção de todos os presentes no evento.