Nesta semana, o Paraná Clube teve a aprovação da recuperação judicial (RJ) por mais de 70% dos credores. Agora, a equipe paranaense planeja negociar sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e busca estratégias políticas para atrair investidores.
O clube afirma que há nove interessados que já estão em negociações. A proposta é que o comprador assuma a dívida do clube, que foi reduzida de R$ 119 milhões para cerca de R$ 60 milhões com os descontos concedidos na RJ.
O investidor pagaria R$ 18 milhões no primeiro ano e o restante até 2033, conforme o plano aprovado. Em troca, o investidor receberia como garantia os imóveis do Paraná e teria controle sobre as eventuais receitas do clube. O acordo teria duração de pelo menos 10 temporadas.
Esse grupo é composto por três empresas brasileiras, sendo uma distribuidora de alimentos, uma loja de varejo e uma igreja presbiteriana, que estariam dispostas a investir de R$ 100 a R$ 120 milhões no Paraná Clube.
Com base no relatório financeiro de 2022, o Paraná Clube apresenta uma dívida total de R$ 156,3 milhões. No ano passado, registrou um prejuízo de R$ 823 mil. O prazo para a homologação do acordo da recuperação judicial pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba é de até 30 dias.
A proposta reformulada pelo Paraná Clube no início de junho envolve descontos de 11,5%, 38,5% e 49,8%. Dessa forma, o clube evitou a possível decretação de falência, que seria o próximo passo em caso de rejeição pelos credores.
O Paraná Clube disputou a primeira divisão do Campeonato Brasileiro pela última vez em 2018, quando terminou na lanterna da competição. Nos anos 2000, o time era figurinha carimbada na elite do futebol nacional, chegando a inclusive conquistar vaga na Libertadores.