O Vasco SAF atrasa novamente parcela de dívidas na Justiça Trabalhista e o clube pode sofrer uma execução do total do passivo com os ex-funcionários. A determinação é que a equipe cruz-maltina quite o débito em até 48 horas para evitar a punição pelo atraso no pagamento.
O time carioca foi incluído no RCE (Regime Centralizado de Execuções), mecanismo criado pelas SAFs, para a inclusão de todas as suas dívidas nas Justiças cível e trabalhista. Para evitar qualquer tipo de medida extrema e cumprir com seus débitos, A SAF do Vasco é obrigada a destinar 20% de sua receita para o pagamento de suas pendências nas duas esferas.
O Vasco SAF, controlado pelo grupo americano 777 Partners e que está no polo passivo, já havia vivenciado situação parecida em março, quando atrasou em 11 dias o pagamento da parcela e sofreu uma ameaça da Justiça.
Agora, mais uma vez o juiz Igor Rodrigues determinou que seja feita uma REEF (Execução Forçada) ao Gigante da Colina caso não quite o débito. O Vasco pode ainda sofrer penhoras da Justiça para quitação de todas as dívidas, que se encontram parceladas.
O débito do Vasco foi de R$ 2,6 milhões em março. Os valores das parcelas mensais de suas dívidas giram em torno de R$ 2 a 4 milhões, que dependem de sua receita mensal.
Despacho da Justiça Trabalhista contra o Vasco
“DESPACHO
Considerando a certidão ID 3c387fd informando o inadimplemento do Vasco quanto ao depósito da parcela de maio/2023, correspondente a 20% da receita corrente do Clube de abril/2023, que, de acordo com o art. 2o do Ato no 76 de 2022, deve ocorrer até o dia 5 (cinco) do mês subsequente, intime-se o clube para que se deposite a parcela em 48 horas. No silêncio do clube, encaminhe-se notícia do fato ao Exmo. Desembargador Presidente, com sugestão de encerramento do RCE e instauração de REEF, pelo valor atualizado dos débitos não pagos.
RIO DE JANEIRO/RJ, 11 de maio de 2023.
IGOR FONSECA RODRIGUES
Juiz Gestor de Centralização Junto a Caex“, diz o texto.