O acordo entre Bahia e Grupo City marca a entrada de um dos principais conglomerados de clubes do planeta no futebol brasileiro. Com o Tricolor, o grupo passa a ser proprietário ou acionista de 13 equipes, entre as quais está o Manchester City, de Pep Guardiola. CEO do City Football Group, Ferran Soriano deu maiores detalhes sobre o plano de crescimento da equipe brasileira e prepara investimento de R$ 1 bilhão.
Soriano detalhou como planeja fazer o Bahia crescer dentro do Grupo City, e qual é a expectativa do conglomerado com a aquisição do Tricolor Baiano.
“O Bahia é excepcional, pelo tamanho, pelo tamanho da torcida. Vai ser o segundo maior clube do grupo. (…) Nosso esforço é para o Bahia crescer, esportivamente, economicamente e socialmente”, disse Ferran.
O planejamento do grupo, nesse primeiro momento, está em explorar a identidade do clube dentro da Bahia, de modo que o clube seja uma representatividade social baiana. Com essa ideia, o objetivo é massificar o Tricolor frente a 15 milhões de pessoas no estado nordestino, no mínimo.
Adaptação do Bahia no Grupo City
Soriano almeja aumentar as receitas do Bahia de forma sustentável, e calcula que dentro de seis meses o clube já vai estar adaptado por completo com o modelo de administração do Grupo City.
“Queremos um ritmo de crescimento rápido. Evidentemente a receita é menor do que você mencionou [Flamengo, que fechou 2022 com R$ 1,17 bilhão]. Nosso objetivo é crescer esportivamente e economicamente. O time liderado pelo Raul vai estar focado no crescimento comercial para crescer a nossa receita. Se não crescermos a receita, não podemos investir em jogadores, faz parte do ciclo virtuoso que estamos começando hoje”, avaliou o CEO do Grupo City.
Soriano explicou que R$ 1 bilhão será investido no Bahia nos próximos 15 anos. Do montante, R$ 300 milhões vão para o pagamento das dívidas e R$ 200 milhões para a estrutura do clube e base. E o desempenho do clube nas próximas temporadas é que determinará o ritmo que a quantia será aplicada.
“Paciência, o trabalho é de longo prazo. É uma realidade que já aconteceu. Se vocês olharem para o Manchester City, é um grande clube, ganhou quatro dos últimos cinco títulos da Premier League. Mas isso foi feito em dez anos. São 14 anos de trabalho para chegar aqui. Então, é o ano zero. Paciência, confiança, não vamos tomar decisões baseadas em dois ou três resultados. Não vai ser uma decisão emocional”, pontuou.
O CEO explicou ainda o modelo de jogo que almeja: “A ideia do nosso futebol é o primeiro, futebol de ataque, futebol bonito. Sei também que implementar essa filosofia não é fácil. Guardiola faz de um jeito que é diferente em Nova York e que vai ser diferente na Bahia. Mas a ideia de base vai ser o futebol espetáculo, futebol que quer ter a bola e a iniciativa no jogo”.