Flávio Dino, Ministro da Justiça, acatou o pedido da CBF e decidiu, nesta quinta-feira (11) colocar a Polícia Federal a frente nas investigações do escândalo de manipulação de apostas. O anúncio foi feito por meio de suas redes sociais.
“Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis“, escreveu Dino.
Somente no início desta semana, sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO): Eduardo Bauermann, do Santos; Gabriel Tota, do Ypiranga; Victor Ramos, da Chapecoense; Igor Cariús, do Sport; Paulo Miranda, do Náutico; Fernando Neto, do São Bernardo; e Matheus Gomes, do Sergipe.
Além dos atletas, pelo menos 13 jogos do Campeonato Brasileiro, incluindo as Séries A e B de 2022 estão sob suspeita do esquema de apostas. Nesta temporada, quatro jogos de campeonatos estaduais também estão em investigação.
CBF emitiu nota onde afirma enviar ofício ao governo para instaurar inquérito na Polícia Federal
Em nota publicada na última quarta-feira (10) a Confederação Brasileira de Futebol afirmou que enviou um ofício ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e ao Ministério da Justiça em que pede o ingresso da Polícia Federal no caso.
“Com relação às suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário“, diz a entidade em um trecho da nota.
“Enviamos ao ministério o nosso pleito e a resposta imediata do ministro Flávio Dino mostra a importância de mudanças efetivas que impeçam que crimes como estes manchem a história do futebol brasileiro“, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.