A polícia encontrou armas de fogo e munições na casa do apostador Romário Hugo dos Santos, mais conhecido como Romarinho, que está envolvido no caso Bauermann, zagueiro do Santos e que foi citado na Operação Penalidade Máxima.
Ao total, dois revólveres e 23 munições foram apreendidas. A busca aconteceu após as autoridades terem acesso a conversas entre Romário e outra pessoa, que estava com o nome de Jesus L@3rCIO Didi. Nas mensagens, ambos discutem sobre matar o jogador após a aposta não ter dado certo.
Veja um trecho das conversas
Jesus L@3rCIO Didi: “E aí, meu truta. Como vai ficar essa fita, mano? Mando mensagem e não responde. Vê aí, mano… Se não, vou mandar pros amigos. Aí eles veem a melhor maneira para resolver isso“
Romário Hugo dos Santos: […] Você viu que a parada lá [do Bauermann] deu trave. O truta não tem como pagar nós, o truta quer pagar fazendo os trampos, mano. Infelizmente, vai fazer o que? Vai matar o cara para perder dinheiro? EU mesmo não vou matar ninguém para perder meu dinheiro, mano[…]
Na sequência, a outra pessoa desconversa sobre o assunto.
Jesus L@3rCIO: “Meu truta, ninguém está falando isso aí, não, de botar o revólver e matar ninguém, mano. Ninguém está nessa linha de raciocínio, não, entendeu?“
O caso Bauermann
Segundo as investigações, Eduardo Bauermann aceitou um pagamento antecipado de R$ 50 mil para receber um cartão amarelo na partida entre Santos e Avaí, pelo Brasileirão do ano passado. Ele não conseguiu cumprir a meta e cinco dias depois, combinou ser expulso diante do Botafogo e até conseguiu, mas só após o término do jogo.
Como foi depois da partida, a aposta não foi contabilizada, o que fez com que o jogador levasse uma dura do apostador. Ao total, o prejuízo teria sido de R$ 800 mil, algo que Bauermann se comprometeu a recuperar.
Agora, com as investigações em andamento, o Santos decidiu afastar o jogador por tempo indeterminado das atividades.