Nesta quinta-feira (7), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou uma série de assembleias da CBF e invalidou a eleição do atual presidente, Ednaldo Rodrigues. A decisão determina que o presidente do STJD, José Perdiz, seja o presidente interino da entidade, convocando novas eleições em até 30 dias.
A anulação se baseia na invalidade do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado por Ednaldo em 2022 com o Ministério Público Estadual. A CBF pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas encontra-se em recesso.
O processo, iniciado em 2018, contestava a mudança de estatuto feita pela CBF em 2017, que alterou as regras eleitorais. O desdobramento desse caso ao longo dos anos culminou na decisão atual, que determina o retorno do cenário de poder ao status de 2017. Isso significa que as eleições subsequentes, incluindo a de Rogério Caboclo em 2018 e a de Ednaldo em 2022, foram invalidadas.
O desembargador Gabriel Zéfiro destacou que o Ministério Público do Rio não tinha legitimidade para interferir nas regras eleitorais da CBF, pois não havia relação de consumidor entre torcedores e a entidade.
A sugestão de designar José Perdiz como presidente interino foi aceita pelos desembargadores. O momento da decisão coincide com uma articulação da oposição, liderada por nomes como Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, que buscam criar um movimento contrário ao presidente Ednaldo.
Eles questionam gastos excessivos e atrasos de pagamento na gestão atual. A CBF argumentará que houve assembleias válidas, independentemente dos termos do TAC.