A investigação por parte do Ministério Público de Goiás (MP-GO) sobre o esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro segue em progresso. O jogador que estiver envolvido pode pegar até dois anos de suspensão do esporte.
Segundo informações da “Revista Veja”, pelo menos 20 partidas do Campeonato Brasileiro da Série A e B de 2022, além dos estaduais desse ano estão sob investigação do órgão. Nesta semana, houve uma nova denúncia por parte do MP-GO, o que fez com que o número de atletas investigados subisse para 10. Os lances que são sob o olho das autoridades são cartões amarelos, vermelhos e marcações de pênaltis.
Apesar disso, o banimento desses atletas do futebol, acontecia apenas em caso de reincidência, segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
“Comprovados os fatos que estão sendo investigados, os atletas envolvidos podem ser punidos de acordo com o previsto no artigo 243 do CBJD, com punição de multa de 100 a 100 mil reais e suspensão de 360 a 720 dias; a pena de eliminação é aplicada em caso de reincidência. A eliminação prova o punido do exercício de qualquer atividade desportiva relacionada ao futebol“, afirmou Fernanda Soares, especialista em direito desportivo, ao “UOL Esporte”.
“Se comprovado esse formato ilícito de se influenciar o resultado da partida, os atletas podem incorrer no tipo infracional do CBJD, cujos arts. 243 e 243-A prevê a pena de suspensão e multa pecuniária, além de prever a possibilidade de banimento se verificada a reincidência“, explica Ana Mizutori, que também é especialista no assunto.
Na última fase da Operação Penalidade Máxima, outros três jogadores tiveram seu nome incluído, são eles: Fernando Neto, ex-Operário-PR e hoje no São Bernardo; Nikolas, do Novo Hamburgo-RS; e Jarro Pedroso, do Inter-SM (RS).