No Campeonato Brasileiro de 1991, o Clássico Vovô, entre Fluminense e Botafogo, causou uma enorme polêmica, no que foi um dos primeiros casos de “tapetão” no futebol brasileiro. A confusão começou antes mesmo da bola rolar: foi definido que o estádio das Laranjeiras seria o palco do confronto.
Após o anúncio de que o clássico seria realizado no estádio tricolor, uma enxurrada de críticas veio tanto da imprensa quanto da diretoria do Fogão. Era consenso geral que as Laranjeiras não seriam capazes de comportar a magnitude e a relevância da partida.
Com um clima tenso entre as torcidas antes do início do confronto, a confusão se escalou dentro do estádio. Após um empate por 0 a 0 no primeiro tempo, os torcedores botafoguenses derrubaram o alambrado da arquibancada onde estavam. O árbitro José Roberto Wright encerrou a partida após a invasão.
A briga continuou do lado de fora do estádio. Na súmula, relatou que a confusão foi iniciada pela torcida do Botafogo. No dia 14 do mesmo mês, o Tribunal Especial da CBF julgou o caso e deu vitória para o Fluminense por 1 a 0, colocando a culpa no ocorrido no Botafogo, ao invés de refazer o jogo ou, ao menos, o segundo tempo.
A decisão causou enorme polêmica, já que o Botafogo lutava contra o rebaixamento e perdeu um ponto decorrente da confusão. Para o Fluminense, a situação foi melhor: o tricolor chegou à semifinal da competição em terceiro lugar – caso o confronto terminasse em 0 a 0, se classificaria em quinto.