O torcedor do Atlético-GO, Juvenal Pereira de Carvalho foi preso por cometer atos racistas na partida contra o Vitória, na Série B. O homem foi pego fazendo gestos imitando um macaco e proferiu as palavras “preto macaco” em direção a torcida rival. Ele foi tipificado por crime de intolerância no Artigo 2º da Lei 7.716/1989, por injúria em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional – injúria racial.
Além de Juvenal, um torcedor do Vitória que foi vítima da injúria foi à delegacia prestar depoimento contra o torcedor do Atlético-GO.
Casos de ofensas racistas aumentam no futebol brasileiro
Segundo levantamento feito pelo Globo Esporte, um aumento consideráel foi feito neste ano. “Só no futebol, a alta de casos de racismo foi de 106% – em 2020, foram registrados 31, contra 64 de 2021. De acordo com Marcelo Carvalho, diretor do Observatório de Discriminação Racial, a conta de casos de racismo no futebol brasileiro até agosto deste ano chegou a 64. Ou seja, igualou o patamar de 2021. Há uma tendência de novo aumento para 2022”, publicou o GE.
Em 2022, em reunião feita na Confederação Basileira de Futebol para combater os casos de racismo, o diretor do Observatório DRF, Marcelo Carvalho comentou sobre a situação e se mostrou otimista em relação ao futuro.
“A gente está aumentando o debate e tendo maior conscientização dos torcedores e jogadores. Em 2022 e 2021, muitos casos divulgados foram denunciados por jogadores. Cada vez mais os jogadores estão entendendo que ser xingado de macaco dentro de campo por colegas ou pela torcida não faz parte do futebol”, comentou Marcelo Carvalho