Lembra do torcedor que invadiu o gramado do estádio Lusail durante Portugal 2 x 0 Uruguai com bandeira LGBTQIA+ e mensagens de solidariedade à Ucrânia e às mulheres iranianas? Trata-se do italiano Mario Ferri e ele foi banido pela Fifa de assistir aos outros jogos da Copa do Mundo.
De acordo com o Comitê Supremo para Entregas e Legado da Copa do Mundo, Mario Ferri teve o Hayya Card (algo como uma autorização criada para os torcedores na Copa do Mundo) cancelado e não poderá mais entrar em nenhum estádio da competição.
De início, ele tinha sido liberado pelas autoridades do Catar. Em entrevista ao ge, o italiano contou que tinha se encontrado com Gianni Infantino, presidente da Fifa, e que tinha ingressos para outros jogos, mas que não iria repetir a invasão de campo.
Mario Ferri circulava pelos arredores do estádio Lusail horas depois da partida e disse que foi bem tratado pela polícia do Catar:
“Escolhi o melhor cenário para mandar as mensagens. Quando me prenderam, o Infantino (presidente da Fifa) desceu e perguntou “Por quê? Por quê? Por quê?”. Ele se lembrava das outras (invasões em) Copas. Eu disse: porque jogamos polícia e ladrão. Eu contra 5 mil”
Confira a nota oficial do Comitê Supremo para Entregas e Legado da Copa do Mundo 2022:
“Após a invasão de campo na última noite durante a partida entre Portugal e Uruguai, podemos confirmar que o indivíduo envolvido foi liberado logo após ser removido do campo. Sua embaixada foi informada. Como consequência de suas ações, e como de praxe, seu Hayya Card foi cancelado e ele foi banido de estar em futuras partidas neste torneio”
O Hayya Card é um cartão destinado aos turistas que estão no Catar para assistir à Copa do Mundo, apenas com ele que as pessoas podem entrar nos estádios, por exemplo. Aos 35 anos, Ferri é famoso por invasões de campo e na partida da última segunda ele fez isso pela 11ª vez na vida. Famoso nas redes sociais, “Falcão” invadiu o gramado de uma Copa do Mundo pela terceira vez. A primeira foi nas oitavas de final da Copa de 2014, no Brasil, entre Bélgica e Estados Unidos.