Tente não se engasgar com o tamanho da dívida do Santos com o presidente Rueda
O Santos publicou o balanço financeiro do clube no segundo trimestre deste ano e verificou-se um déficit de R$ 10,2 milhões. A expectativa era fechar o trimestre com um déficit de R$ 6,3 milhões.
Além desse valor, o clube tem uma dívida com o atual presidente, Andres Rueda. O Conselho Fiscal do Santos se mostrou preocupado com a situação.
Dívida do Santos com Rueda
Segundo as contas, o Santos ainda deve R$ 23,8 milhões para Rueda. O valor, que já foi ajustado de acordo com a correção monetária, refere-se a uma condenação na Fifa pela negociação envolvendo o zagueiro Cleber para o Hamburgo.
Em 2020, quando era candidato à presidência, Rueda emprestou cerca de R$ 16 milhões para o clube quitar a dívida com o jogador. Desde então, o valor é atualizado mensalmente pela taxa Selic e outras correções.
Após o fechamento das contas do segundo trimestre, o Conselho Fiscal do Peixe se mostrou muito preocupado com a situação do clube. O órgão alegou que a equipe está gastando mais do que arrecada e que o prejuízo poderia ter sido maior.
Com isso, o Conselho pediu uma mudança na política de contratações, realizando apenas movimentos pontuais para trazer poucos jogadores. Ele utilizou como argumento o modelo implementado por grandes times da Europa.
“A falta de sucesso em nossa atividade fim, o futebol, resulta em nossa retração no cenário nacional. Enquanto não tratarmos gasto com futebol como investimento, vamos nos retrair de forma sistêmica, fazendo com que cada vez mais a visibilidade no cenário futebolístico nacional e internacional se reduza e caiam nossas receitas”, afirmou.
Por fim, o órgão também comentou sobre as vendas dos atacantes Ângelo e David Washington para o Chelsea, ambos por 15 milhões de euros.
“Estamos com o valor de folha de pagamento comprometida para o próximo ano, os superávits obtidos em 2021 e 2022 e possivelmente o que será obtido em 2023 foi decorrente da venda, queima de estoque de nossas promessas, que ajudaram a reduzir a dívida, porém as vendas ocorreram da forma que o comprador conhecendo nossa fragilidade e necessidade pagou o que quis, foi nítido que nossos rivais negociaram suas promessas por valores superiores aos nossos”