Faltando cerca de três meses para o início da Copa do Mundo, a seleção brasileira começa a acertar os últimos detalhes da sua preparação. Em entrevista à Gazeta Esportiva, o técnico Tite revelou uma pequena ansiedade para a competição e que já há a definição de boa parte do elenco:
“Sou humano, não sou um super-homem. Experiências todas que tive na minha vida elas não retiram essa emoção na minha vida. Eu tento no dia a dia fazer o meu melhor. Mas quando tem pergunta pra mim assim: ‘Tu fica ansioso?’ Falo pra não ficar falando isso. Aí fico já projetando, jogando já o primeiro jogo. Mas fazer tudo certinho no dia a dia é forma mais racional, mais inteligente para gente construir um grande Mundial”, disse.
“Tem uma porcentagem sim. Um esboço daqueles atletas que constantemente a gente tem convocado. É difícil falar em termos de número, mas 75% talvez. Mas sempre a gente vai… O Bruno (Baquete, analista de desempenho) tem dados específicos da diferença de uma Copa e outra em termos de tempo, de jogos”, completou.
Tite comenta clima do Catar: “há um desgaste físico maior”
O técnico da seleção também foi questionado sobre a diferença entre jogar uma Copa no fim e na metade da temporada europeia, além do clima mais quente no Catar, sede da competição. Ele ressaltou como isso pode ser um diferencial no desempenho dos jogadores:
No Catar, no mundo árabe, no jogo há um desgaste físico maior. A frequência do estímulo de velocidade, de ida e de volta, ela é maior, te desgasta. Tive experiência no mundo árabe. E daqui a pouco tu fica com a bola e o ritmo não mais tão intenso. Pode ser então que a qualidade técnica do atleta mais rápido, mais ágil, mais móvel, em cima inclusive da condição climática, possa ser melhor que do atleta mais pesado, de mais força. Possa ganhar uma intensidade num aspecto físico de contato. Mas não no aspecto técnico, nem no aspecto velocidade na execução de jogadas