Nesta terça-feira (5), o dia se mostrou agitado no futebol da Eslovênia, com a denúncia das 31 jogadoras da seleção, que realizaram uma carta aberta sobre o comportamento questionável do treinador Borut Jarc. A manifestação das atletas não demorou para causar efeito, já que logo, o técnico anunciou seu pedido de demissão da equipe, surpreendendo os torcedores.
O grupo que conta com as capitãs Dominica Conc, Lara Prasnikar e Mateja Zver, pontuava a maneira como o treinador exercia seu trabalho, “semelhantes a uma ditadura” e dos comentários extremamente desrespeitosos de Jarc, que certamente passavam dos limites, comentando a maneira como as jogadoras atuavam: “vocês jogam como porcos selvagens”.
“A comissão técnica também interferia em nossas vidas pessoas, gerando comentários inapropriados, homofóbicos e até racistas. Sofremos um tratamento depreciativo sobre o nosso peso em frente a todo o time e comissão técnica. A comissão da seleção levou as jogadoras a um ponto em que algumas jogadores tiveram que procurar apoio psicológico”, diz um trecho da carta das jogadoras
Jogadoras tentaram conversas com o treinador
Algumas atletas da Eslovênia já se reuniram com o treinador no início da temporada, exatamente para exigir mudanças sobre a maneira como Borut Jarc realizava o tratamento às jogadoras. Contudo, o técnico só se manifestou sobre o ocorrido, expondo a decisão sobre a demissão, quando a carta endereçada à federação de futebol eslovena foi divulgada.
“O treinador nega as acusações feitas pelas jogadoras: “Nessas circunstâncias, não poderia mais continuar com êxito meu trabalho como treinador. Foi uma decisão difícil, porque sempre agi com espírito profissional e como fé no sucesso da seleção nacional Gostaria de sublinhar que ao longo do meu mandato agi de acordo com os meus melhores conhecimentos e crenças e com o objetivo de liderar corretamente a seleção nacional e alcançar os melhores resultados possíveis”, garantiu.