A avalanche de partidas e suas consequências para os jogadores de futebol tornou-se uma questão alarmante que vem sendo discutida frequentemente nos últimos tempos. Grandes personalidades do esporte, como Pep Guardiola, técnico do Manchester City, não se cansam de levantar a bandeira contra a sobrecarga imposta aos jogadores.
Este tem sido um cenário recorrente e aparentemente sem solução à vista. Em suma, o problema se resume ao grande número de compromissos que os jogadores precisam cumprir, seja por suas equipes ou pelas seleções nacionais.
Falando especificamente, os compromissos internacionais deixaram seu rastro de lesões em jogadores como Gavi, Vinicius, Camavinga e Oyarzabal recentemente, fazendo com que o debate ganhe ainda mais força. Esses compromissos esportivos não são apenas prejudicial para os clubes, mas também tem um impacto direto na saúde e bem-estar dos jogadores. Com o futuro projetando ainda mais partidas, a situação só tende a piorar.
O que dizem os profissionais da área?
Guardiola, que já foi muito vocal sobre esse assunto, fez algumas reflexões interessantes quando o jogador De Bruyne se lesionou no verão passado. Fazendo menção aos jogadores Militao e Courtois, ele relembrou como as coisas eram quando começou sua carreira.
“Na minha primeira pré-temporada com o Barça, tive 25 dias para preparar o primeiro jogo oficial para nos classificarmos para a Champions daquele ano, que acabamos ganhando. Agora te dão quatro dias, cinco dias…e no final veja quantas lesões”, afirmou. Advogando pelos jogadores, ele disse: “Te fazem ir para a Ásia, Estados Unidos, com partidas muito intensas, e as pessoas acabam caindo e continuarão caindo porque ‘show must go on'”.
É possível encontrar uma solução?
De acordo com Guardiola, a questão é um tanto desesperadora. Ele expressou sua preocupação sobre como as coisas estão se desenrolando, dizendo que “é demais e, portanto, temos que nos adaptar, treinar muito pouco, passar muito tempo em casa e economizar energia para os jogos”.
Ele concluiu dizendo que “é uma batalha perdida até que os jogadores tomem uma posição e digam: não jogamos. Se não, não há nada a fazer, nem em reuniões da UEFA nem da FIFA”. Ao que tudo indica, o esporte sofrerá as consequências desta sobrecarga de partidas se não houver uma mudança nas práticas atuais.
Em resumo, o futebol tal qual conhecemos está em um ponto de inflexão. A intensidade e a constância de partidas estão acabando com a saúde dos jogadores. Grandes nomes, jogadores fantásticos e altamente remunerados, estão caindo em campo devido à exaustão ou lesões devido à sobrecarga de jogos. A solução deste problema complexo requer uma reestruturação do futebol global, o que parece uma tarefa hercúlea, mas necessária para o bem do esporte.