Os jogadores podem ser desfalques de uma Copa do Mundo por lesão ou problemas físicos. No entanto, a seleção da Argentina perdeu o zagueiro Daniel Passarella para a Copa de 1986 por suspeita de envenenamento. O suspeito? o seu próprio treinador.
Em uma reportagem feita pelo “UOL Esporte”, Carlos Salvador Bilardo era um médico ginecologista com uma forte presença no mundo de futebol, acumulando trabalhos como jogador e treinador. Quando ainda estava nas quatro linhas, era acusado de entrar em campo e machucar os adversários com agulhas escondidas na meia.
“É que naquele tempo não existia aids”, disse Bilardo, que jogou entre 1958 e 1971. Mas isso não foi o suficiente para se salvar.
Bilardo queria conquistar a Copa do Mundo em 86 e assumiu o cargo de técnico da Argentina. No entanto, ele não queria que nenhum legado de César Luis Menotti, seu antecessor e rival declarado, estivesse presente na equipe.
Pouco antes do primeiro jogo da seleção na competição, contra a Coréia do Sul, o zagueiro Daniel Passarella, campeão em 1978 com Menotti, começou a passar mal e teve uma forte diarreia. Ele foi o único do elenco afetado e isso gerou uma suspeita sobre Bilardo.
Apesar de nada ter sido confirmado oficialmente, a imprensa argentina acredita que o treinador envenenou o zagueiro para tirá-lo da competição. Outro apontado como cúmplice do técnico é nada mais, nada menos que Diego Armando Maradona, que não gostava de Passarella.
Anos depois, a suspeita nunca caiu por terra e na Copa seguinte, em 1990, outro episódio ficou bastante conhecido. No duelo entre Brasil e Argentina, pelas oitavas de final, a comissão técnica de Bilardo teria entregado “água batizada” aos atletas brasileiros. A Albiceleste venceu o confronto por 1 a 0. Mais tarde, Maradona confirmou o uso de drogas na água.
Falta pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo de 2022. O jogo de abertura, entre Qatar e Equador, está marcado para o dia 20 de novembro, às 13h (de Brasília).