A Seleção da Tailândia, desde o final do ano passado, aposta em um treinador brasileiro para tentar conquistar algo inédito para o país : disputar sua primeira Copa do Mundo, a de 2026. O gaúcho Alexandre “Mano” Polking, de 46 anos, vive na Tailândia desde 2012, e conhece muito bem o futebol do país.
O trabalho que o credenciou para assumir a seleção tailandesa foi o de sete temporadas no Bangkok United, time da primeira divisão da Liga Tailandesa. O começo dele é animador no cargo, por ter conquistado a chamada Copa Suzuki, um torneio importante em âmbito asiático.
O treinador brasileiro, em entrevista ao Estadão, contou que com a Copa do Mundo passando de 32 seleções para 48, as chances de classificação aumentaram. “Em vez de quatro vagas e meias na Ásia, serão oito vagas. A Tailândia é a 14ª no ranking do continente, está mais perto do oitavo. Quando eram quatro, era praticamente impossível. Agora há chance de sonhar”, afirmou.
Referências e futuro
Seu grande ídolo e referência é o treinador espanhol Pep Guardiola, e por isso, seu estilo de jogo se baseia muito na posse de bola. “Não é pela estética do jogo, mas acho que com a bola, construindo desde trás, com o goleiro, eu tenho mais chances de ganhar uma partida”, explica.
Apesar de ser da mesma escola dos técnicos Mano Menezes e Felipão, a gaúcha, Alexandre Polking pensa futebol diferentes deles. “O goleiro tem de saber jogar com os pés. O zagueiro tem de ter uma boa qualidade no passe. São decisões que moldam esse estilo de jogo”, afirmou.
Ainda que sua prioridade seja levar a Tailândia a Copa do Mundo de 2026, o treinador brasileiro não esconde a vontade de um dia treinar no seu país de origem. “É o meu país, quero treinar na minha língua. Nunca tive essa oportunidade. Quero implementar no Brasil tudo que aprendi fora” , esclareceu o gaúcho.