O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu marcar o julgamento do caso Robinho para o dia 2 de agosto. O processo se dá logo após o vazamento de áudios do ex-jogador em um podcast do “UOL Esporte”.
O caso estava parado havia dois meses. A última movimentação foi uma recusa por parte do relator do caso. Na ocasião, os representantes de Robinho exigiram a tradução 100% do documento utilizado pela Justiça da Itália. Dessa forma, a defesa recorreu à Corte Especial do STJ.
Com isso, a sessão irá julgar este recurso. Ao total 15 ministros devem analisar se há necessidade de traduzir o processo original. O processo estava em andamento, mas o juiz João Otávio Noronha pediu vista, o que culminou na paralisação do andamento.
Após julgar o recurso, o Superior Tribunal de Justiça vai analisar se a decisão da Justiça italiana pode ser aplicada em solo brasileiro. Haverá um prazo para que as partes, no caso a defesa e o Ministério Público, apresentem seus argumentos ao tribunal.
Entenda por que Robinho segue solto mesmo após ser condenado
O ex-jogador foi condenado em primeira instância, junto de seu amigo Ricardo Falco, por abusar sexualmente de uma mulher dentro de uma boate, na cidade de Milão, em 2013. A sentença é definitiva e não há possibilidade de recorrer.
Como ambos retornaram para o Brasil, e o país não extradita cidadãos natos, não puderam ser presos pelas autoridades italianas. Com isso, a Justiça de lá pediu para que a pena fosse aplicada aqui.
Dessa forma, o STJ vai analisar se essa sentença é válida, e não se Robinho e Falco são ou não culpados.
Por fim, Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan, citados no áudio do ex-jogador, chegaram a ser denunciados, mas não foram julgados porque não foram comunicados oficialmente da ação.