A FIFA anunciou uma série de sanções contra a seleção feminina do Canadá, que afetará sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A decisão foi tomada após uma denúncia do Comitê Olímpico da Nova Zelândia sobre a presença de um drone espião em um treino de sua seleção.
O comitê disciplinar e de apelação da FIFA revelou que a seleção canadense será penalizada com a perda de seis pontos na competição, além de uma suspensão de um ano para a técnica Bev Priestman, impedindo-a de participar de quaisquer atividades relacionadas ao futebol nesse período.
Punição à Seleção Feminina do Canadá Complica Situação Olímpica
A penalidade imposta à seleção feminina do Canadá ocorreu após uma vitória sobre a Nova Zelândia por 2 a 1 em sua estreia nos Jogos Olímpicos. No entanto, essa vitória agora “não valeu” e o Canadá já entra em desvantagem na próxima partida contra a anfitriã, França, devendo três pontos na tabela de classificação.
“Após ter avaliado todas as provas, o Comitê de Apelação da FIFA emitiu as sanções por violação do artigo 13 do Código Disciplinar da FIFA (comportamento ofensivo e violações dos princípios do fair play)”, comunicou a entidade.
Quem são os envolvidos nas sanções da FIFA?
Além da técnica Bev Priestman, o analista Joseph Lombardi e a assistente técnica Jasmine Mander também foram suspensos por um ano. Os três foram acusados de operar o drone espião durante o treino da seleção neozelandesa, o que gerou a denúncia e subsequente punição. Apesar das sanções, ainda cabe recurso na CAS (Corte Arbitral do Esporte), o que deixa uma pequena esperança para a seleção canadense reverter a situação.
Diante das acusações e penalidades, o Comitê Olímpico do Canadá emitiu um pedido de desculpas formal e anunciou que abrirá uma investigação interna para apurar o uso sistemático de drones para espionagem. Além disso, os três funcionários envolvidos no caso foram temporariamente afastados de suas funções.
A Federação Canadense de Futebol também foi multada em 200 mil francos suíços (cerca de R$ 1,2 milhão), sendo considerada responsável por não garantir o cumprimento das regulamentações da FIFA sobre a proibição de drones em locais de treinamento.
Essa grave situação coloca um grande desafio para a seleção feminina do Canadá, que precisa reorganizar suas estratégias para se manter competitiva nas Olimpíadas de Paris 2024, mesmo em desvantagem. Toda essa polêmica em torno do uso de drones para espionagem pode gerar reflexos negativos no desempenho da equipe e na imagem do esporte canadense.