Mesmo antes da eliminação do Brasil para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo Catar 2022, o técnico Tite já havia anunciado que deixaria o comando técnico da seleção brasileira. Desde então, sobretudo após deixar precocemente o Mundial, o debate sobre o futuro técnico do Brasil ganhou força nos noticiários. E uma das principais discussões é: chegou o momento do Brasil ter um técnico estrangeiro?
Nomes como os portugueses Abel Ferreira e Jorge Jesus, o alemão Thomas Tuchel e até mesmo o espanhol Pep Guardiola vêm sendo apontados por torcedores nas redes sociais como os candidatos ideais para a vaga. Mas engana-se quem pensa que apostar em um técnico nascido em outro país seria algo verdadeiramente inédito nos 118 anos de história da equipe canarinho.
Conheça os estrangeiros que já treinaram a seleção brasileira
Lá atrás, dois treinadores estrangeiros já tiveram a honra de comandar a seleção da terra de Pelé, Garrincha, Romário, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e cia.
O primeiro foi o português Jorge Gomes de Lima, mais conhecido como Joreca. Nascido em Lisboa, mas radicado no Brasil desde a adolescência, ele era jornalista esportivo, árbitro de futebol, lutador de boxe e também treinador.
Vinte e um ano depois, quando o Brasil já tinha dois títulos mundiais no currículo e era a equipe a ser batida no planeta, o argentino Nelson Ernesto Filpo Núñez se tornou o segundo (e, até agora, último) treinador estrangeiro a dirigir a seleção.
Mas ele não pode dirigir Pelé e nem os outros campeões de 1958 e 1962. Na verdade, Filpo Núñez só comandou a seleção porque coube ao elenco do Palmeiras representá-la no jogo de inauguração do Mineirão, curiosamente também contra o Uruguai.
Como era o técnico do time que ficou conhecido como “Primeira Academia”, coube ao argentino a missão de conduzir também a equipe canarinho na vitória por 3 a 0 sobre os rivais sul-americanos.