Ícone do futebol de praia mundial, João Vítor Saraiva, ou simplesmente Madjer, chegava em destaque ainda na temporada de 2010, com uma grande missão em mãos. Considerado o melhor jogador do mundo na modalidade, o craque português era esperado para vestir a camisa do São Paulo na disputa do Brasileirão.
A chegada ao Brasil era prevista para 3 de novembro, uma quarta-feira, quando Madjer se já se apresentava ao novo time. No elenco paulista, ele encontrou um verdadeiro esquadrão, com nomes consagrados da seleção brasileira como Mão, Betinho, Sidney, Bueno e Daniel. A expectativa era grande, exatamente por sua contribuição ao esporte.
Na época, desdobrando-se aos 33 anos, o luso deixou para trás a passagem pela AS Roma, na Itália, e partiu para sua terceira experiência no futebol de areia brasileiro, após defender times de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Na história da modalidade, ninguém superou o legado de Madjer. Com mais de mil gols anotados na carreira, com grande destaque em Copas do Mundo da Fifa.
São Paulo garantiu feito histórico em trajetória
O camisa 7 chegava como o maior artilheiro da história do torneio e uma lenda reconhecida até por quem já esteve do outro lado da rede, impressionando os torcedores do São Paulo. “Ele é o cara. Ele é muito humilde. Construiu uma carreira brilhante como jogador e tenho certeza que será brilhante como dirigente também”, elogiou o goleiro Mão na oportunidade.
“Eu via o Madjer e falava assim: “Lá vem esse homem de novo, esse fantasma, eu dormia e acordava pensando nele”. Minha filha é apaixonada por esse homem. Por que isso? Tem ficar apaixonada por mim. “Não, pai, é pelo Madjer”, ela diz. Eu pensava: “Ai, meu Deus, até em casa eu não aguento. É o lobo mau”, conta Mão, aos risos.