Ronaldo volta atrás de decisão que havia tomado sobre presidir a CBF

O ex-jogador Ronaldo Fenômeno, recentemente anunciou sua desistência da candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi comunicada através de suas redes sociais, onde ele expressou sua frustração pela falta de apoio das federações estaduais. Ronaldo destacou que não conseguiu apresentar seu projeto ao colégio eleitoral da confederação, encontrando resistência em suas tentativas de diálogo.

Em seu relato, Ronaldo mencionou que, ao tentar contato com as 27 federações filiadas, encontrou 23 portas fechadas. As federações justificaram sua recusa em recebê-lo com a satisfação em relação à atual gestão e o apoio à reeleição do presidente em exercício, Ednaldo Rodrigues. Apenas a federação paulista se dispôs a recebê-lo para uma reunião, enquanto Amapá, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro não responderam ao contato.

Ronaldo optou por desistir da candidatura

O estatuto da CBF concede às federações estaduais um voto de maior peso no colégio eleitoral, o que torna crucial o apoio dessas entidades para qualquer candidatura. Ronaldo, ao perceber que a maioria das lideranças estaduais já apoiava o presidente em exercício, concluiu que sua candidatura era inviável. Ele respeitou a decisão das federações, apesar de suas convicções pessoais sobre a necessidade de mudanças na gestão do futebol brasileiro.

Ronaldo havia anunciado sua intenção de disputar as eleições da CBF em dezembro de 2024. Ele justificou sua candidatura com o desejo de restaurar o respeito do futebol brasileiro no cenário mundial. Segundo ele, muitos torcedores o abordavam nas ruas pedindo seu retorno ao futebol, refletindo a insatisfação com a atual situação da Seleção Brasileira, tanto dentro quanto fora de campo.

O colégio eleitoral da CBF é composto por 26 federações estaduais e a do Distrito Federal, cada uma com voto de peso três. Além disso, os 20 clubes da Série A têm voto com peso dois, enquanto os 20 clubes da Série B têm voto com peso um.

O mandato de Ednaldo Rodrigues, atual presidente, se estende até março de 2026. Ele possui uma janela a partir de março de 2025 para convocar novas eleições. Diante desse cenário, Ronaldo percebeu que sem o apoio necessário das federações, sua candidatura não teria chances de sucesso.