Ronaldinho Gaúcho dá bolo em CPI e pode sofrer séria consequência
Nesta-terça-feira (22), Ronaldinho Gaúcho foi aguardado em Brasília para prestar depoimento na CPI das Pirâmides Financeiras. No entanto, o jogador, que está sendo investigado por envolvimento em compras de criptomoedas, não compareceu na comissão.
O ex-jogador da Seleção Brasileira é fundador e sócio-proprietário de uma empresa que comprava criptomoedas. Nessas condições, aos investidores era prometido um retorno de 2% de lucro por dia, o que não aconteceu. Dessa forma, Ronaldinho Gaúcho virou réu.
Sabendo da convocação para participar da CPI, Ronaldinho conseguiu uma liminar junto ao Supremo Tribunal Feral (STF) para permanecer em silência diante dos questionamentos. Entretanto, Gaúcho sequer compareceu à bancada.
Com a ausência do réu, uma nova reunião foi marcada para está quinta-feira (23), às 10h (Horário de Brasília). Caso Ronaldinho Gaúcho não compareça, os parlamentarem colherão seu depoimento por intermédio de uma condução coercitiva, ou seja, podendo haver as presenças de autoridades policiais ou judiciárias.
— “Quero deixar claro que o Ronaldinho e o irmão (o também ex-jogador Roberto Assis) estão se ausentando de forma irregular. O que a gente menos quer é a condução coercitiva, mas, se for preciso, vamos fazer isso, buscar com a força policial. Não é pela condição de ser jogador, ser rico ou pobre, que não vai participar. Esperamos que na quinta-feira possamos ouvi-lo” — afirmou o relator da comissão, Ricardo Silva (PSD/SP).
Envolvimento de Ronaldinho
A princípio, Ronaldinho Gaúcho se envolveu com empresas e projetos de ativos baseados em criptomoedas. O Atari Coin (ATRI), a criptomoeda oficial de uma das principais empresas da indústria de jogos, teve o dinheiro do ex-jogador para ascender no mercado.
Com publicidades constante em suas redes sociais voltadas para o negócio, Ronaldinho conseguiu promover o esquema para seus 74,4 milhões de seguidores. O negócio que prometia lucro de 2% ao dia foi por água abaixo e ao final de abril deste ano, a empresa rescindiu todos os contratos com o grupo ICICB.
Em fevereiro de 2022, Gaúcho virou réu em processo em Goiás. A causa em questão buscava restituir mais de 150 investidores que dizem ter perdido até US$ 500 mil em negócio. No mais, o número de vítimas pode chegar a mil.