O meia Robinho, com passagem por Cruzeiro e Palmeiras, é personagem central de uma polêmica no Brasileirão da Série C. Atualmente, no Paysandu, o jogador foi expulso durante o duelo contra o Volta Redonda pela 6ª rodada do quadrangular final.
Porém, o árbitro Wilton Pereira Sampaio autorizou a substituição de Robinho, o que causou uma grande irritação no Volta Redonda. O Voltaço pretende entrar na Justiça para pedir a anulação da partida.
Polêmica de Robinho
O Volta Redonda alega que o árbitro autorizou substituição de Robinho após o jogador ser expulso. O lance aconteceu aos 12 minutos do segundo tempo.
O meia já havia cruzado a linha do meio campo e foi expulso por “retardar excessivamente sua saída de campo”. Mesmo com muita reclamação sobre o lance e uma pequena confusão, Wilton confirmou a substituição, gerando ainda mais revolta no Volta Redonda.
Apesar do Voltaço ter vencido o jogo por um a zero, a vaga para a Série B ficou com o Paysandu. Isso porque, o clube carioca precisa vencer por dois gols de diferença. Com isso, Robinho deve disputar a 2ª divisão com o Papão na próxima temporada, já que tem uma renovação de contrato bem encaminhada.
Em nota, o Volta Redonda expressou sua indignação e disse que vai entrar com recurso na Justiça. Confira na íntegra:
O Volta Redonda Futebol Clube, inconformado com mais uma desastrosa atuação do Sr. Wilton Pereira Sampaio no jogo decisivo contra o Paysandu, pela 6ª rodada da fase final da Série C do Campeonato Brasileiro, vem prestar os seguintes esclarecimentos:
O Clube comunica que irá apresentar uma queixa formal à Confederação Brasileira de Futebol e solicitará, ainda hoje, ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, a impugnação da partida por um erro de direito, que fez com que o Paysandu jogasse grande parte do segundo tempo com um jogador a mais em campo, haja vista a conduta que originou a expulsão do atleta adversário ter acontecido com o jogador ainda dentro do campo de jogo.
A conduta narrada na súmula de “retardar excessivamente sua saída de campo” aconteceu, por deduções óbvias, com o atleta ainda dentro de campo, obrigando uma punição imediata, antes de qualquer possibilidade de manobra de substituição, sob pena de caracterização de um claro erro de direito.
Tal atitude grotesca de permitir ao adversário continuar com 11 jogadores no campo de jogo por mais de 40 minutos, por uma conduta praticada com o atleta em campo, se torna extremamente relevante para o resultado final da partida.
De se lamentar ainda o oportunismo e desfaçatez no preenchimento da súmula, colocando que o atleta foi expulso um minuto após a sua substituição, quando na verdade não se passaram nem três segundos da saída do jogador do campo. O que aconteceu em três segundos que deu tempo de gerar tumulto e o árbitro tirar um cartão vermelho? É humanamente impossível isso acontecer em três segundos, tendo sido uma manobra sórdida para tentar justificar o injustificável.
Por fim, acreditamos muito no jogo limpo e no resultado conquistado dentro das quatro linhas, porém as regras básicas precisam ser respeitadas por questões de equidade, lisura e para que o resultado final seja obtido de forma que atenda todas as regras do jogo. Se você tiver que jogar com 10 jogadores e continuar jogando com 11 atletas por mais de 40 minutos, essas regras não foram respeitadas e é justamente corrigir isso que o Volta Redonda irá buscar.