A agressão contra o meia-atacante Luan, do Corinthians, pode acabar tendo consequências penais e trabalhistas. Torcedores invadiram o motel onde o jogador estava na última terça-feira (4), na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
De acordo com informações do “UOL Esporte”, os envolvidos nas agressões podem responder por uma série de crimes, que vão depender de uma investigação mais profunda do caso, para analisar individualmente a conduta de cada um.
“De todo modo, em uma situação como essa, é possível, em tese, haver a configuração de crimes como os de ameaça e lesão corporal leve, além de delitos contra a honra, especialmente injúria, que é a ofensa à dignidade de alguém“, explicou a advogada criminalista, Ana Maria Colombo em entrevista ao portal.
A advogada, no entanto, lembra que Luan precisa acionar a Justiça: “são crimes que dependem da iniciativa da vítima para serem processados, sendo a ameaça e a lesão corporal leve dependentes de representação penal, enquanto a injúria é processada mediante ação penal privada.”
Cesar Saad, delegado da Delegacia de Repressão aos Delitos no Esporte afirmou ao “UOL Esporte” que pediu ao motel para que confirme que é mesmo Luan nas imagens da câmera de segurança após um pedido do presidente Duilio Monteiro Alves.
Em nota, o Corinthians lamentou ocorrido e afirmou que dará todo o suporte necessário ao jogador de 30 anos.
“O Sport Club Corinthians Paulista recebeu com tristeza e indignação a informação de que o atleta Luan foi agredido por supostos torcedores na madrugada desta terça-feira (04), em São Paulo.
O clube acompanha a apuração dos fatos e está oferecendo todo o suporte necessário ao jogador, como sempre fez desde a sua chegada, em 2020.
Depois de mais um repugnante caso de violência, o Corinthians lamenta o atual momento de intolerância que domina o futebol brasileiro. Nada justifica a agressão covarde sofrida pelo atleta“, escreveu o clube.