Relatório é entregue para ministro e situação de Ronaldinho pode complicar

Na última terça-feira (17), foi entregue ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB/MA), o documento da CPI das Pirâmides Financeiras, que exige o indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e de Assis, irmão do atleta mundialmente conhecido. A notícia mais uma vez chama a atenção dos torcedores, já que a empresa de comercialização de criptomoedas cometeu um crime inegável.

Com o estelionato, as promessas levaram prejuízos aos investidores que confiaram na “marca”. A empresa passa por investigação pela CPI, já que confirmava proporcionar rendimentos diários de 2%, com valores que poderiam alcançar cerca de 400% mensais. Contudo, de maneira inesperada, a conta dos investidores foi encerrada, antes mesmo que a quantia chegasse.

“Não é nada fácil para nós, deputados, fazer o indiciamento de uma pessoa tão querida e famosa em campo como o Ronaldinho Gaúcho. Mas nós nos deparamos com uma situação de milhares de pessoas lesadas por um esquema criminoso que ele fez propaganda. Mais do que isso, além de fazer propaganda, o Ronaldinho Gaúcho era anunciado pela 18K Ronaldinho como sócio-fundador dessa empresa toda”, disse o relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD/SP).

Ronaldinho justifica contrato com empresa

No final de agosto, Ronaldinho respondeu à convocação para dar seu depoimento sobre o assunto, mas prontamente negou ser sócio da empresa de criptomoedas. Para a defesa, o atleta garantiu ter tido sua imagem usada sem autorização, para promover a marca, e que o contrato determinado com a sua assinatura, seria apenas para autorização da comercialização de relógios.

“A partir dessa velocidade que o relatório da CPI propicia, nós vamos ter uma questão de meses à conclusão de alguns desses procedimentos. É claro que serão muitos, porque são 45 indiciamentos feitos pela CPI e isso terá desdobramentos. Afirmo que os primeiros resultados serão em meses. Claro que casos mais complexos demandarão investigações complementares mais longas da Polícia Federal para envio ao Ministério Público (Federal)”, diz o ministério.