Ex-goleiro do Flamengo, reconhecido no esporte como uma das grandes promessas do futebol brasileiro, Bruno acabou deixando a posição de destaque, após um crime que chocou o cenário nacional. O atleta foi preso e condenado pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, com quem teve um filho. O caso ainda se desdobra em polêmicas.
Agora, o atleta decidiu contestar o uso não autorizado de sua imagem na capa do livro “Indefensável – O Goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio”. Mesmo que a história se complete em sua história, ele será compensado com uma indenização de R$ 30 mil. A Justiça do Rio de Janeiro reconheceu de maneira positiva o pedido do jogador.
Em um primeiro momento, Bruno exigiu que o pagamento se desdobrasse em R$ 1 milhão e uma parte dos lucros do livro, levantando o uso indevido de sua imagem. A editora Record caminha como a responsável pela publicação do enredo, e argumentou que a imagem do ex-goleiro já era pública. No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não concordou com o posicionamento.
Bruno tem pedido de lucro negado
O juiz Luiz Claudio Silva Jardim Marinho, ao tomar sua decisão, destacou a necessidade de autorização prévia para o uso da imagem, em conformidade com os direitos constitucionais e civis. Mesmo aceitando o pedido sobre a indenização de R$ 30 mil, a Justiça foi contra a exigência de participação nos lucros das vendas do livro, algo que parece ter amenizado as manifestações.
Ainda em 2013, o jogador foi condenado a 22 anos e três meses de prisão. Vale ressaltar que o corpo de Eliza nunca foi encontrado, algo que gera indignação até hoje, especialmente pelas oportunidades que chegaram ao atleta assim que deixou a prisão. Em 18 de julho de 2019, Bruno conseguiu uma progressão de pena para o regime semiaberto.